Open Journal Systems

ANÁLISE DA PAISAGEM DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARUMBI, MORRETES-PR: UNIDADES DE PAISAGEM, FRAGILIDADE POTENCIAL E HEMEROBIA

Laura Freire ESTÊVEZ, Camila CUNICO, Maristela Moresco MEZZOMO, Ana Solange BIESEK, Ronaldo MAGANHOTTO

Resumo


A expansão acelerada da área urbana associada à ausência de um adequado planejamento da paisagem pode resultar em problemas para o meio ambiente e para a sociedade. O planejamento deveria ter início no conhecimento dos limites e aptidões da paisagem, pois com base nas potencialidades paisagísticas que se pode determinar o uso e cobertura da terra adequados as características locais. Esse artigo realizou a análise da paisagem da Bacia Hidrográfica do Rio Marumbi, Morretes/PR, classificando-a em unidades de paisagem (UP) seguida da avaliação da fragilidade potencial e da avaliação da hemerobia de cada UP. Foram delimitadas quatro UPs e uma sub-unidade, com graus de fragilidade que vão de baixo a muito alto. As UPs identificam, para a escala escolhida, áreas homogêneas, com características bióticas, abióticas e antrópicas semelhantes, entre as quais se destacam a geologia, a clinografia, a hipsometria e o uso e cobertura da terra. Com base nas UPs foram definidos graus de hemerobia que variam entre muito baixo e muito alto. No caso da hemerobia muito baixa, predominam áreas com pouca ou nenhuma dependência tecnológica. Quando a hemerobia é muito alta predominam áreas dependentes de tecnologia, como as áreas de agricultura e área urbanizada.

Palavras-chave


unidades de paisagem; fragilidade potencial; hemerobia

Texto completo:

PDF

Referências


BERTRAND, G. Paisagem e Geografia física global: esboço metodológico. Cadernos de Ciências da Terra, São Paulo: IGEOG/USP, n. 13, 1971.27p.

CREPANI, E.; MEDEIROS, J. S.; FILHO, P. H. FLORENZANO, T. G.; DUARTE, V.; BARBOSA, C. C. F. Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Aplicados ao Zoneamento Ecológico-Econômico e ao Ordenamento Territorial.São José dos Campos: INPE, 2001.

CUNICO, C. Zoneamento Ambientalda Bacia Hidrográfica do Rio Marumbi –PR: Perspectivaspara Análise e Avaliação das Condições Sócio-Ambientais. 2007. Dissertação (Mestrado em Geografia) Universidade Federal do Paraná. Curitiba.

FÁVERO, O. A.; NUCCI, J. C.; BIASI, M. Hemerobia nas Unidades de Paisagem da Floresta Nacional de Ipanema, Iperó/SP: Conceito e Método. In: Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, 2004, Curitiba. Anais...Curitiba: Curitiba: Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 2004, pp. 550-559.

HABER, W. 1990. Using Landscape Ecology in Planning and Management. In: ZONNEVELD, I.S.; FORMAN, R.T.T. (Eds.) Changing Landscapes: an ecological perspective.New York: Springer-Verlag.

JALAS, J. Hemerobe und hemerochore pflanzenarten. Acta Soc. Pro fauna et flora. 72, n°11, 1955.

KRÖKER, Rudolf; NUCCI, J. C.; MOLETTA, I. M. O conceito de hemerobia aplicado ao planejamento das paisagens urbanizadas. In: Environmental Challenges of Urbanization, 2005, Brasília. International Congress on Environmental Planning and ManagementEnvironmental Challenges of Urbanization. Anais ... Brasília : Catholic University of Brasilia, 2005.

KIEMSTEDT, H.; HAAREN, C. von; MÖNNECKE, M.; OTT, S. Landscape Planning: Contents and Procedures. Hanover University. The Federal Ministry for the Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety, 1998.

MONTEIRO, C. A. F. Derivações antropogênicas nos sistemas terrestres no Brasil e alterações climáticas. In: Simpósio sobre a Comunidade Vegetal como Unidade Biológica, Turística e Econômica, 1978, Anais..., no. 15, p. 43-74, São Paulo: ACIESP, 1978.

MONTEIRO, C. A. F. Geossistemas: a história de uma procura.São Paulo: Contexto, 2000. 127p.

ROSS, J. L. S. Análise e Síntese na Abordagem Geográfica da Pesquisa para o Planejamento Ambiental. In: Revista doDepartamento de Geografia.n.09, São Paulo: Editora da USP, 1995.

ROSS, J. L. S. Análise Empírica da Fragilidade dos Ambientes Naturais e Antropizados. In: Revista do Departamento de Geografia. n.08, São Paulo: Editora da USP, 1994.

ROSS, J. L. S. Geomorfologia Ambiente e Planejamento.São Paulo: Contexto, 1990.

SUKOPP, H. Wandel Von Flora and Vegetation in Mitteleuropa unter dem Einfluss dês Menschen. Berichte uber Landwirtschaft, Bd. 50/H.1: 112-139, 1972.

SZERENCSITS, E. Wrbka, T.H; Reiter, K.; Peterseil, J. Mapping and visualizing landscape structure of Austrian Cultural Landscapes. In: KOVAR, P. (Ed.) Present and Historical Nature-Culture Interactions, Proceed of the CLE; Praha: IALE Conference, 1999. Disponível em www.pph.univie.ac.at/intwo/endbericht/publik/szerencsits_mappin_99.pdf..Acesso em: 12/05/2003.

TRICART, J. Ecodinâmica.Rio de Janeiro: IBGE, 1977.

TROPPMAIR, H. Biogeografia e Meio Ambiente. Rio Claro: edição do autor, 1989, 258p.

TROPPMAIR, H. Biogeografia e Meio Ambiente. Rio Claro: ediçãodo autor, 1989, 258p.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v23i0.24847