Os condicionantes da competitividade internacional da pomicultura na região de Fraiburgo/SC
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v19i0.14657Palavras-chave:
maçã, condicionantes econômicos, Fraiburgo, competitividadeResumo
Durante muito tempo a maçã foi um dos principais produtos agrícolas importados pelo país, perdendo apenas para o trigo, situação tal que começou a se alterar a partir da década de 1960, quando, no município de Fraiburgo, foi criada em 1962 a Sociedade Agrícola Fraiburgo (SAFRA). A Sociedade, inicialmente destinada a produção de uvas e vinhos, pretendeu na década de 1960 expandir a experiência no cultivo de outras frutas, dentre elas a maçã. Para isso, criou em 1963 um pomar experimental de fruticultura para estudar seu comportamento e a viabilidade econômica para o cultivo comercial. Resultados preliminares em 1968 apontaram a maçã como a fruta mais viável. E no final da década de 1960 se iniciou o plantio comercial de maçãs, plantio que não foi estimulado apenas por resultados técnicos, mas também por interesses econômicos e ligações políticas do grupo Safra e dos Frey. Na modernidade, pode-se compreender que fatores ambientais e sócioeconômicos colocam o Brasil em uma boa situação no ranking mundial de comércio e cultivo de maçãs. A pesquisa de campo demonstrou que condicionantes são importantes para a competitividade internacional da pomicultura na região de Fraiburgo em Santa Catarina. O estudo foi realizado com base nos trabalhos de competitividade sistêmica, que é a metodologia que leva em conta os condicionantes da competitividade em âmbito internacional.
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