A escuta de refugiados e migrantes: mal-estar e presença do analista

Autores/as

Palabras clave:

Mal-estar, Presença do Analista, Refúgio, Migração Internacional, Subjetivação.

Resumen

 As migrações internacionais forçadas e o refúgio são fenômenos sociais e políticos que se caracterizam como efeitos de relações de exploração e poder na geopolítica mundial. Elas mobilizam afetos em quem migra e quem recebe os migrantes e localizam um mal-estar na cultura. A proteção internacional, a hospitalidade e a acolhida humanitária são práticas importantes para a produção de um lugar para o migrante no laço social. No entanto, não ocorrem sem impasses. O sofrimento e o mal-estar são expressões que acompanham as migrações e sinalizam a existência de um sujeito. Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados de um processo de pesquisa sobre os aportes teóricos e metodológicos da psicanálise para o atendimento clínico e institucional de migrantes em uma universidade pública brasileira. Reconhece-se a importância da categoria sofrimento sociopolítico para a construção de uma política clínica que acolha esse sofrimento e interrogue a prática analítica. Trata-se de valorizar e recolher os efeitos da presença do analista e sua práxis em territórios, experiências e tempos que ficam segregados e à margem de agendas e pautas sociais e políticas, mas também de espaços e instituições que se propõem a pensar e operacionalizar a formação do analista.

Publicado

2025-03-29

Cómo citar

Schmitt Ragnini, E. C., de Paiva Schaedler, M. C., Calvetti Corrêa, A., dos Santos Lima Guerra, A. S., Ferreira Ribeiro, M., & Arakaki Alves de Oliveira, U. (2025). A escuta de refugiados e migrantes: mal-estar e presença do analista. Interação Em Psicologia, 28(3). Recuperado a partir de https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/92644

Número

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Seção especial