Por uma noção de sujeito socialmente informada: história, território e elaboração
Palabras clave:
psicanálise, mal-estar, território, clínica, reconhecimentoResumen
A noção de mal-estar apresentada por Freud é paradoxalmente universal e marcada por traços históricos e contextuais de determinada época, orientada pelo progresso de uma racionalidade europeia, silenciosamente pautada na colonialidade e na subalternização dos povos. Neste artigo pretendemos apresentar alguns expedientes coloniais do mal-estar e o modo que se expressam na formação e na clínica psicanalítica no que tange uma redução da singularidade à individualidade. Ainda que reformulada conceitual e tecnicamente quando em contato com o território, parte da psicanálise ignora a pluralidade de suas práticas, ficando restrita ao consultório individual. Visando ampliar o escopo do tratamento analítico, retornaremos às noções de história, transindividualidade e destino em Lacan. Por fim, traremos um exemplo clínico de uma escuta em território de trabalhadores do serviço funerário, iniciada no primeiro ano da pandemia de Covid-19 e continuada até dezembro de 2023, projeto que foi desenvolvido na residência de psiquiatria em rede da prefeitura de São Paulo (8 Coreme). A partir dele, demonstraremos como a hipótese de sujeito e a posição da/do/dx analista devem incluir as dimensões da história e do território na escuta do desamparo psíquico e de suas possibilidades de elaboração a partir de dinâmicas de reconhecimento de alteridades socialmente informadas.
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Derechos de autor 2025 Clarice Pimentel Paulon, Pedro Eduardo Silva Ambra

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