Alteridade, diferença e o laço social contemporâneo.
Resumo
O artigo discorre sobre o tema da alteridade em psicanálise definido como um tipo de diferença absoluta, lugar da causa, da exceção, do impossível de ser simbolizado que orienta todo ato de fala. Freud o situou a partir do estado original humano de desamparo; Lacan, através da linguagem. A alteridade é apresentada em três modalidades: imaginária, simbólica e real. Na imaginária, é encontrada no que não adquire imagem na relação especular; na simbólica, na própria Ordem Simbólica, incapaz de tudo nomear; na real, comparece como o que insiste sempre como obstáculo à simbolização. A modernidade produziu um sujeito prisioneiro do sentimento inconsciente de culpa em decorrência do recalque da dívida simbólica com o Outro. A contemporaneidade é fruto de importantes modificações na estrutura discursiva que fazem obstáculo à supremacia do recalque como tratamento da economia libidinal. Isso não produz necessariamente a psicose. Freud situou a neurose como o negativo da perversão.
Palavras-chave
Psicanálise; Alteridade; Sexualidade; Outro; Perversão.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/riep.v26i3.79652