Processo de luto de familiares de desaparecidos políticos na ditadura militar brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5380/riep.v26i2.79006Palavras-chave:
luto, reações à separação, ditadura, psicanálise, políticaResumo
A Ditadura Militar do Brasil foi instaurada em 1964 e se prolongou até 1985. É considerada um período de repressão, violação de direitos, torturas, mortes e desaparecimentos, deixando um rastro inacabado. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de luto de familiares que têm seus parentes desaparecidos desde a Ditadura civil-militar. Este trabalho caracteriza-se como um estudo de campo transversal com abordagem qualitativa. Foram entrevistados sete participantes que tiveram seus familiares desaparecidos no período da ditadura civil-militar no Brasil. Os instrumentos de pesquisa foram um questionário sociodemográfico e um roteiro de entrevista semidirigida. Entre os resultados obtidos na pesquisa, pode-se observar que o processo do luto carece de um desfecho, visto que a falta da ritualização e a ausência do corpo inviabilizam sua elaboração. Também foi observado que o sofrimento dos familiares é realçado por práticas discursivas recorrentes que negam a existência e as truculências da ditadura civil-militar brasileira.
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