Sobre-viver na teia de poderes: do controle sobre a vida ao direito sobre a morte dos corpos femininos
DOI:
https://doi.org/10.5380/riep.v26i3.77172Palabras clave:
mulheres, relações de poder, feminicídio, subjetivaçãoResumen
O registro de homicídio de mulheres, seja em seus lares ou no espaço público, têm crescido exponencialmente na sociedade brasileira. Neste ensaio teórico, buscamos através dos estudos Foucaultianos, de gênero e interseccionais problematizar a teia de poderes que fez e faz do corpo das mulheres território de soberania e disciplina dos homens e instituições. Para tal usamos do conceito de poder e suas derivações, formulado por Michel Foucault, para traçar de forma genealógica uma história de controle sobre a vida e a morte das mulheres. Passamos pela caça às bruxas, escravidão, colonização das Américas, crimes de guerra, bem como os feminicídios públicos e privados, explorando as relações de poder que tornaram esses crimes atos legítimos, e por vezes necessários, para a manutenção das hierarquias de gênero que conferem aos homens privilégios sobre as mulheres. As reflexões aqui produzidas nos levaram a concluir que o número crescente de homicídios feminino não são frutos do acaso, mas da convergência de poderes que recaem sobre seus corpos e servem para a manutenção de um projeto de sociedade misógina, que através de dispositivos históricos tornou, e continua tornando, a morte de mulheres inteligível e banalizadas.
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