“Minha doença é invisível!”: revisitando o estigma de ser doente mental

Autores

  • Virginia Moreira Universidade de Fortaleza
  • Anna Karynne Melo

DOI:

https://doi.org/10.5380/psi.v12i2.7289

Palavras-chave:

estigma, doença mental, fenomenologia

Resumo


Neste artigo descrevemos resultados parciais relativos ao primeiro ano de uma pesquisa fenomenológica longitudinal sobre a experiência vivida do estigma da doença mental no Nordeste do Brasil. Utilizando o método fenomenológico crítico, foram analisadas 30 entrevistas com pacientes de um hospital público de Fortaleza, diagnosticados como doentes mentais. Os resultados mostram a presença, não apenas do estigma, mas, principalmente, do autoestigma na experiência vivida da doença mental. Associados ao estigma e ao autoestigma são desenvolvidos comportamentos de vergonha, isolamento, e manutenção da doença em segredo, por conta da imagem pejorativa da doença mental dentro da tradicional compreensão do estigma associado à loucura. Mas, além desta compreensão, a experiência vivida tanto do estigma quanto do autoestigma aparece, também, qualitativamente relacionada ao caráter “invisível” da doença mental.

 

Palavras-chave: estigma; doença mental; fenomenologia.

Biografia do Autor

Virginia Moreira, Universidade de Fortaleza

Virginia Moreira é psicoterapeuta e supervisora clínica no enfoque humanista-fenomenológico, Doutora em psicologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Pós-doutora em Antropologia Médica pela Harvard Medical School. Professora titular do Programa de Mestrado em Psicologia da Universidade de Fortaleza – UNIFOR, onde é co-coordenadora do Laboratório de Psico(pato)logia Crítica-Cultural. Pesquisadora da Associação Universitária de Pesquisadores em Psicopatologia Fundamental.

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Como Citar

Moreira, V., & Melo, A. K. (2008). “Minha doença é invisível!”: revisitando o estigma de ser doente mental. Interação Em Psicologia, 12(2). https://doi.org/10.5380/psi.v12i2.7289

Edição

Seção

Artigos