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O anel que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou: Quando o desejo se degrada em necessidade. Reflexões psicanalíticas sobre a neurose obsessiva

Maria Vitoria Mamede Maia, Nadja Nara Barbosa Pinheiro

Resumo


O presente artigo possui como objetivo principal promover uma reflexão sobre um mecanismo psíquico específico presente na neurose obsessiva: a degradação do desejo em necessidade. Inicia-se pela proposta apresentada por Freud em seus textos iniciais e da metapsicologia sobre a dinâmica obsessiva relacionando-a com as questões da distribuição libidinal a partir da posição assumida pelo neurótico obsessivo frente à tarefa em se constituir como sujeito do desejo e de ter que lidar com os inúmeros impasses daí advindos. A proposta de compreensão formulada por Lacan é utilizada no entendimento da posição que o neurótico obsessivo assume na passagem do drama edipiano que o precipita na construção de respostas subjetivas características da neurose obsessiva: a culpa, a dúvida, a indecisão, o isolamento, o empobrecimento afetivo, a mortificação do eu. Sustentando tais argumentações, três recursos ilustrativos são utilizados: a clínica, através da apresentação de algumas falas de nossos pacientes, um verso de uma cantiga de roda e uma poesia, sugestivamente intitulada Quase.

 

Palavras-chave: neurose obsessiva; desejo e necessidade; psicanálise.


Palavras-chave


neurose obsessiva; desejo e necessidade; psicanálise

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v12i1.5027