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A Justificação do Inconsciente e a Aposta de Pascal

Eduardo Ramalho Rotstein

Resumo


O presente artigo busca apreender a importância da justificação freudiana do inconsciente para a definição do estatuto da Psicanálise. Um exame do objeto, da motivação e dos momentos argumentativos dessa justificação evidencia que a prova da existência do inconsciente intentada nela não se conforma ao modelo de demonstração empírica perseguido por Freud. Trata-se, antes, de uma demonstração pragmática, procedimento semelhante ao utilizado por Pascal na sua aposta em favor da existência de Deus. Contudo, essa similaridade não implica que a Psicanálise seja um saber especulativo: a admissão do inconsciente, embora não inteiramente justificável empiricamente, mostra-se como a condição da experiência analítica.

Palavras-chave


inconsciente; psicanálise; aposta de Pascal; metapsicologia

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v17i3.28960