O trabalho da percepção

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5380/petfilo.v25i1.96357

Abstract

Neste artigo, o teórico da mídia Lev Manovich argumenta que a transformação da sociedade industrial em pós-industrial, marcada pela guerra e pelas ciências cognitivas, corresponde a uma mudança na configuração do trabalho. A administração taylorista da sociedade industrial se obcecava com a produtividade máxima do corpo do trabalhador ('homem-carne') apreendido, sob a epistemologia termodinâmica como 'motor-humano' e força [Kraft] de trabalho, reduzindo o corpo do trabalhador a máquina mecânica descerebrada. Por outro lado, o mundo do trabalho da sociedade pós-industrial surge como um sistema de processamento de informação humano-máquina. Os experimentos psicofísicos já de meados de 1900 saem do laboratório de psicologia e vem aperfeiçoar o sistema humano-máquina que monitora os estados de uma tela de radar em tempo real.  No lazer e no ócio, a parceria comercial entre negócios militares e empresas de videogame põe a criação (design) de interfaces de processamento informacional e visual na ordem do dia. No mundo do trabalho civil, o conhecimento acumulado da psicologia experimetal aplicada na guerra se projeta na coordenação mão-olho do sistema humano-computacional nos locais de trabalho da sociedade pós-industrial. A transformação da sociedade industrial em pós-industrial é da reconfiguração do trabalho manual em trabalho da percepção.

Autor/innen-Biografie

Rodrigo Zagonel Mickus, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Paraná

Mestrando em Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), com pesquisa sobre a anestética da modernização capitalista. Sua pesquisa é orientada pelo Prof. Dr. Benito Eduardo Araújo Maeso e financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superios (CAPES) pelo processo SCBA nº40001016039P7. Contato: rodrigo.mickus@gmail.com

Literaturhinweise

Em nota de rodapé.

Veröffentlicht

2025-12-15

Zitationsvorschlag

Mickus, R. Z. (2025). O trabalho da percepção. Cadernos PET-Filosofia, 25(3). https://doi.org/10.5380/petfilo.v25i1.96357