Psicologia baseada em evidências: a reinvenção da roda
DOI:
https://doi.org/10.5380/petfilo.v26i1.97887Resumo
Este trabalho buscou analisar o paradigma da Prática Baseada em Evidências em Psicologia (PBEP), explorando suas origens e implicações. A partir dos estudos de autores que promovem a PBEP, bem como da História da Psicologia, o texto visa esclarecer os componentes e a estrutura desse paradigma, questionando a que “problema” ou “crise” ela corresponde. A análise histórica revela que a proposta da PBEP pode não ser tão inovadora quanto sugere, mas sim uma reiteração de questões já abordadas na psicologia e na medicina. Embora a PBEP aborde questões cruciais para o desenvolvimento da ciência, suas definições de “evidência” podem ter implicações adversas para diversas abordagens psicológicas que não se alinham com esse modelo. Ao estabelecer o que constitui a “melhor evidência científica” ou o “melhor método científico”, a PBEP acaba por criar narrativas de exclusão que marginalizam algumas psicologias. Em nossa análise, a PBEP não introduz um novo paradigma, mas representa uma tentativa de aprimorar conhecimentos existentes
