Open Journal Systems

Reflexões sobre o biopoder em Belém

Felipe Sampaio de Freitas

Resumo


As pesquisas sobre biopoder e biopolítica, cada vez mais, emergem e sobrevoam altitudes nunca antes vistas. A ressignificação destes termos, por parte de Michel Foucault, denota campos de saberes mútuos, ou, no mínimo, se apresentam sob diversas discussões de níveis acadêmicos variados. Deste modo, o intuito deste artigo é utilizar o aparato conceitual foucaultiano a respeito do biopoder e da biopolítica para analisarmos alguns fatos que acontecem na cidade de Belém do Pará. Para isso, elucidaremos o termo da obra de Foucault, respondendo a 3 questões básicas: 1ª- O que é o biopoder? 2ª- Por que pensar o biopoder hoje? 3ª- Como a reflexão teórica do biopoder pode nos proporcionar um entendimento ou análise de mundo? Esperamos que a discussão suscite novos debates a nível local, pelo Brasil.


Texto completo:

PDF

Referências


BERT, J.-F. Pensar com Michel Foucault. São Paulo: Parábola, 2013.

CASTRO, E. Vocabulário de Michel Foucault: um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. 1ª. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

CHAGAS, Clay A. Nunes. "Geografia, segurança pública e a cartografia dos homicídios na regiãi metropolitana de Belém". In. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 186-204, jan./jun. 2014. DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p186-203

COUTO, Aiala Colares de O. "Do Global ao Local: a geografia do narcotráfico na periferia de Belém". In. Cadernos de Segurança Pública; ano 4, nº 03, Maio/2012. Disponível em: http://www.isprevista.rj.gov.br/download/Rev20120303.pdf

ESPOSITO, R. Immunitas. Protección y negación de la vida.Tradução de Luciano Padilla López. 1ª. ed. Buenos Aires/Madrid: Amarrortu editores, 2009.

FOUCAULT, M. Arqueologia do Saber. Tradução de Luiz Filipe B. Neves. Petrópolis/Lisboa: Vozes/Centro do Livro Brasileiro, 1972.

______________. Surveiller et punir: naissance de la prison. Paris: Éditions Gallimard, 1975.

______________. Dits et Écrits. v. III. Paris: Gallimard, 1994.

______________. Il faut défendre la société: cours au Collège de France (1975-1976). Paris: Gallimard/Seuil, v. Hautes Études, 1997.

______________. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). Tradução de Maria Ermantina Galvão. 2ª. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

______________. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 41ª. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2013.

______________. História da Sexualidade 1: A Vontade de Saber. 2ª. ed. São Paulo: Paz & Terra, 2015a.

______________. "Nietzsche, a genealogia e a história." In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015b. Roberto Machado (org.).

______________. "O nascimento da medicina social". In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015c. Roberto Machado (org.).

______________. "Soberania e Disciplina". In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015d. Roberto Machado (org.).

______________. "Sobre a história da sexualidade". In: FOCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015e. Roberto Machado (org.).

FREITAS, Felipe Sampaio de. Biopolítica em Michel Foucault: da individualização do sujeito à governamentalidade da população. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019; DOI: 10.13140/RG.2.2.21995.08480

GROS, F. Michel Foucault: Que sais-je? 5ª. ed. Paris: Presses Universitaires de France/Humensis. 2017.

LEMKE, T. Biopolitics: an advanced introduction. Tradução de Eric F. Trump. New York and London: New York University Press, 2011.

MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, racismo, estado de exceção, política de morte. Tradução de Renata Santini. São Paulo: n-1 Edições, 2018.

ROSA. Walisete de A. Godinho, & LABATE. Renata Curi, “Programa Saúde da Família: a construção de um novo modelo de assistência” in Rev Latino-Am Enfermagem, nov/dez, 2005; 13(6):1027-34, p: 1030. Acessível em: www.eerp.usp.br/rlae.

SABOT, P. "Ouverture: Critique, attitude critique, résistance." In: SABOT, P.; JOLLY, É.; (Dir.) Michel Foucault à l'épreuve du pouvoir: vie, sujet, résistance. France, Villeneuve d'Ascq: Presses Universitaires du Septentrion, 2013.

SALLES, Vicente. O negro no Pará: sob o regime da escravidão. RJ: Fundação Getúlio Vargas, Serv. de Publicações da UFPA. 1971.

SVECENKO. Nicolau. A revolta da vacina: mentes insanas em corpos rebeldes. São Paulo: Editora UNESP Digital. 2018.

“Belém está entre as 10 cidades mais violentas do mundo.” In: DOL, 08/03/2018. Link: www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-492071-belem-esta-entre-as-10-cidades-mais-violentas-do-mundo.html

LABOISSIERE, Luana. "Pará lidera número de mortes de negros na região Norte, diz Iepa". In: g1.blobo.com, 20/11/2013; Link: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/11/para-lidera-numero-de-mortes-de-negros-na-regiao-norte-diz-ipea.html

SAUMA, Jorge; SÓTER, Gil; MAIA, Caio. "Milícias no Pará atuamem transporte alternativo, contrabando, segurança privadas e tráfico, diz delegado" In: g1.globo.com, 28/06/2018. Link: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/milicias-no-para-atuam-em-transporte-alternativo-contrabando-seguranca-privada-e-trafico-diz-delegado.ghtml

CHEROBINO, Vinicius. "As milícias de verdade." In: Super Interessante. 22/03/2011. Link: https://super.abril.com.br/comportamento/as-milicias-de-verdade/




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/petfilo.v18i2.68068

Apontamentos

  • Não há apontamentos.