Macrofauna bêntica de marismas de Spartina alterniflora e baixios não vegetados da Baía de Paranaguá (Brasil)

Autores

  • Sérgio Antonio Netto University of Plymouth, Plymouth Marine Laboratory, Prospect Place, West Hoe, Plymouth PL1 3DH, United Kingdom. Fax (01752) 670637, e-mail: sem@wpo.nerc.ac.uk
  • Paulo da Cunha Lana Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná, Av. Beira Mar s/n, Pontal do Sul, Paraná, 83255-000, Brazil. Fax: (041) 4551105, e-mail: lana@aica.cem.ufpr.br

DOI:

https://doi.org/10.5380/rn.v10i1-2.85102

Palavras-chave:

Macrofauna, Spartina altemiflora, marismas, planícies de maré, Brasil

Resumo

A composição e a distribuição da macrofauna bêntica em marismas de Spartina alterniflora e em baixios não vegetados adjacentes foram investigadas na Baía de Paranaguá (Paraná, Brasil). As amostras foram tomadas ao longo de um gradiente de salinidade e energia ambiental, desde a entrada até a região interior da baía, dividida em setores de acordo com suas características faunísticas e físico-químicas. As marismas foram afetadas por este gradiente, com as formações mais altas presentes no setor mesohalino e as mais baixas no euhalino. As associações macrobênticas foram igualmente afetadas, com o setor mesohalino apresentando um baixo número de espécies, predominantemente epibênticas. Neste setor, a  composição e abundância da macrofauna bêntica variaram entre áreas vegetadas e não vegetadas. A riqueza de espécies, principalmente das formas infaunais, aumentou no setor polihalino. Diferenças na composição e abundância da fauna entre áreas vegetadas e não vegetadas tomaram-se progressivamente mais evidentes em direção ao setor euhalino, de alta energia, caracterizado pela maior riqueza de espécies ao longo de todo o gradiente. As associações bênticas de áreas vegetadas e não vegetadas foram claramente condicionadas pelo gradiente de salinidade e energia ambiental. Embora marismas e áreas não vegetadas adjacentes apresentem características físico-químicas similares, a composição e a abundância de suas faunas bênticas podem sofrer grandes variações, principalmente nos setores mesohalino e euhalino, devido aos diferentes padrões de sedimentação ao longo da baía.

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Publicado

2022-03-17

Como Citar

Netto, S. A., & Lana, P. da C. (2022). Macrofauna bêntica de marismas de Spartina alterniflora e baixios não vegetados da Baía de Paranaguá (Brasil). Revista Nerítica, 10(1-2), 41–55. https://doi.org/10.5380/rn.v10i1-2.85102

Edição

Seção

Artigos