Hidrografia e estrutura da comunidade zooplanctônica: um estudo comparativo de estuários da Estação Ecológica de Juréia-Itatins (Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.5380/rn.v10i1-2.85101Palavras-chave:
zooplâncton, estuários, distribuição, hidrografia, BrasilResumo
A distribuição espacial do zooplâncton e de variáveis hidrográficas foi investigada nos principais estuários da Estação Ecológica de Juréia-Itatins e comparada através de técnicas multi variadas. A distribuição da maioria dos descritores bióticos e abióticos acompanhou o gradiente de salinidade, que explicou uma alta porcentagem da variância. Nos trechos de baixa salinidade dos rios de águas claras ocorreram concentrações baixas de fosfato e nitrogênio, associadas com concentrações comparativamente altas de silicato. O oposto foi observado em áreas equivalentes dos rios de águas pretas. Diferentes associações zooplanctônicas ocorreram em cada rio. O copépode Pseudodiaptomus richardi dominou nos setores mais internos dos rios Guaraú e Una, mas foi acompanhado por associações distintas em cada um dos sistemas. Não ocorreram espécies tipicamente estuarinas ou de água doce no estuário do rio Verde. Foram notadas somente pequenas diferenças entre os estuários dos rios Guaraú e Una, com relação à biota estuarino-marinha e marinho-eurihalina. Por outro lado, as espécies estuarino-marinhas dominantes no estuário do rio Verde não foram abundantes nos demais estuários. Estes resultados sugerem que as propriedades hidroquímicas e o tamanho do rio exercem uma influência importante sobre a distribuição das comunidades zooplanctônicas nos ambientes estuarinos da costa do Brasil.
