Revisitando a experiência de cooperativismo de Mondragón a partir da perspectiva da ecossocioeconomia
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v25i0.25983Palavras-chave:
cooperativismo, gestão socioambiental, ecossocioeconomia.Resumo
Essa é uma história, em curso, que não deve ser confundida com uma mera trajetória exitosa de uma corporação de empresas cooperativas. Mondragón Corporação Cooperativa (MCC), sétimo maior grupo empresarial privado da Espanha, com mais de 100.000 trabalhadores e que atua em setores nos quais, geralmente, atuam empresas privadas ou públicas, deve ser visto sempre sob a perspectiva da economia social. Este artigo tem como objetivo resgatar os princípios considerados pelo idealizador da MCC, José María Arizmendiarrieta, que podem subsidiar as adaptações necessárias ao enfoque socioeconômico, transcritos nos 10 princípios da MCC, bem como as suas implicações ideológicas e práticas, considerando o paradigma da sustentabilidade, por meio do enfoque da ecossocioeconomia. Esta pesquisa valeu-se de observação participativa, com duração de três meses, na qual se vivenciou a experiência a partir de entrevistas, visitas e de dados secundários. A conclusão é que, atualmente, tal inspiração está debilitada diante do risco de um corporativismo cooperativo que deseja se autopreservar e da lógica de autorregulação do mercado. Contudo, a experiência mostra fôlego, com suas inovações inter e extraorganizacionais, com senso crítico e pragmatismo que superam a mera crítica, ante a ideologia que se tornou estéril, ao mesmo tempo em que preserva a inspiração do seu fundador.
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