O modelo societário das companhias de exploração colonial portuguesas no século XVIII

Autores

  • Tomás Pinto de Albuquerque GHES-ISEG-Universidade de Lisboa

Resumo

O estudo examina a evolução das companhias de exploração colonial portuguesas no século XVIII, destacando a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e a Companhia Geral do Pernambuco e Paraíba. Analisa as características jurídicas que definem essas sociedades, comparando-as com modelos de companhias europeias, como a VOC e a EIC. Apesar de se reconhecer a influência de modelos estrangeiros, argumenta que as experiências portuguesas têm raízes próprias, incluindo a introdução do conceito de responsabilidade limitada e a imobilidade do capital. As companhias pombalinas apresentaram características de sociedades anónimas de capitais, permitindo a transferência de ações e proteção dos direitos dos acionistas. No entanto, a duração limitada das empresas e a relação com a Coroa aproximam-nas de companhias reguladas. Assim, o autor conclui que, o resultado das semelhanças com os modelos europeus, determinou que as companhias portuguesas tivessem um papel significativo na dinamização do mercado de capitais em Portugal, na segunda metade do século XVIII.

Downloads

Publicado

2025-07-25

Como Citar

Pinto de Albuquerque, T. (2025). O modelo societário das companhias de exploração colonial portuguesas no século XVIII. História Do Direito, 5(ahead of print). Recuperado de https://revistas.ufpr.br/historiadodireito/article/view/98044