A participação dos cidadãos na promoção da biodiversidade urbana - o projeto biodivercities em Valongo, Portugal
DOI:
https://doi.org/10.5380/guaju.v8i0.83575Palavras-chave:
Biodiversidade Urbana, Participação Cidadã, Projeto BiodiverCities, ValongoResumo
Este artigo tem como objetivo discutir o potencial e as limitações das metodologias de envolvimento dos cidadãos na promoção da biodiversidade urbana a partir do desenvolvimento do projeto europeu Biodivercities em Valongo, dinamizado pelo Município de Valongo em colaboração com o Laboratório de Planeamento e Políticas Públicas da Universidade de Aveiro. O BiodiverCities é um projeto inserido no contexto da Estratégia de Biodiversidade da UE que tem como objetivo aumentar a participação da sociedade civil na tomada de decisão na construção das cidades verdes do futuro. Face ao crescimento dos aglomerados urbanos e à urgência de combater a crise climática e alcançar as metas estabelecidas para um desenvolvimento sustentável, têm vindo a surgir este tipo de iniciativas à escala europeia que assumem que a mudança de comportamentos tem de ser co-construída por decisores políticos, especialistas e cidadãos. Assim, a metodologia adotada assenta no envolvimento dos cidadãos, responsáveis políticos, técnicos municipais e atores locais na implementação de micro-laboratórios de biodiversidade, nos quais se irão ensaiar de forma participada e colaborativa novas formas de compreender e valorizar a diversidade biológica do ecossistema natural e urbano. Neste artigo, faz-se um enquadramento das temáticas da biodiversidade urbana e participação da comunidade, relata-se o processo de implementação e discute-se os resultados e limitações deste projeto.
Referências
Bush, J., & Doyon, A. (2019). Building urban resilience with nature-based solutions: How can urban planning contribute? Cities, 95(September), 102483. https://doi.org/10.1016/j.cities.2019.102483
Campbell-Arvai, V. (2019). Engaging urban nature: improving our understanding of public perceptions of the role of biodiversity in cities. Urban Ecosystems, 22(2), 409–423. https://doi.org/10.1007/s11252-018-0821-3
Carapeto, A., Francisco, A., Pere, P., Ira, & Porto, M. (eds. . (2020). Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental. Sociedade Portuguesa de Botânica, Associação Portuguesa de Ciência da Vegetação – PHYTOS e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (coord.). Coleção «Botânica em Português» Volume 7. Lisboa: Imprensa Nacional.
Dearborn, D. C., & Kark, S. (2010). Motivaciones para conservar la biodiversidad urbana. Conservation Biology, 24(2), 432–440. https://doi.org/10.1111/j.1523-1739.2009.01328.x
Dennis, M., & James, P. (2016). User participation in urban green commons: Exploring the links between access, voluntarism, biodiversity and well being. Urban Forestry and Urban Greening, 15, 22–31. https://doi.org/10.1016/j.ufug.2015.11.009
Europeia, C. (2020). O estado da natureza na União Europeia Relatório. Relatório sobre o estado e as tendências das espécies e dos tipos de habitat protegidos pelas Diretivas Aves e Habitats no período 2013-2018.
Heymans, A., Breadsell, J., Morrison, G. M., Byrne, J. J., & Eon, C. (2019). Ecological urban planning and design: A systematic literature review. Sustainability (Switzerland), 11(13). https://doi.org/10.3390/su11133723
Isidoro, A. (2017). Urbanismo Tático : Desafios Ao Planeamento Do Território Tactical Urbanism : Challenges To Pereira Isidoro Urbanismo Tático : Desafios Ao Planeamento Do Território Tactical Urbanism : Challenges To.
Joint Research Centre - European Commission. (2021). BiodiverCities: A roadmap to enhance the biodiversity and green infrastructure of European cities by 2030 : progress report.
Kowarik, I., Fischer, L. K., & Kendal, D. (2020). Biodiversity conservation and sustainable urban development. Sustainability (Switzerland), 12(12), 1–8. https://doi.org/10.3390/su12124964
Madureira, H. (2026). Promover os serviços ecossistémicos urbanos com infraestruturas verdesPromover os serviços ecossistémicos urbanos com infraestruturas verdes. In Geografia, paisagem e riscos: livro de homenagem ao Prof. Doutor António Pedrosa (Imprensa d, pp. 141–161). Imprensa da Universidade de Coimbra. https://doi.org/10.14195/978-989-26-1233-1_7
Marselle, M. R., Lindley, S. J., Cook, P. A., & Bonn, A. (2021). Biodiversity and Health in the Urban Environment. Current Environmental Health Reports, 8(2), 146–156. https://doi.org/10.1007/s40572-021-00313-9
Mota, J. C. B. (2013). Planeamento do Território : Metodologias , Actores e Participação (Tese de Doutoramento em Ciências Sociais). Universidade de Aveiro. Retrieved from http://ria.ua.pt/handle/10773/13666
Nogueira, F., Rusconi, I., Isidoro, C., Seixas, D., & Moreira, G. (2020). Porque é que os cidadãos não participam mais? In Santos, Ana et al. (Eds.), Conferência Internacional. In “Comunidades e Redes para a Inovação Territorial” – Livro de Atas (pp.151-160). https://doi.org/10.48528/s12x-6x21
Ritchie, H., & Roser, M. (2018). “Urbanization.” OurWorldInData.org.
Silva, A., & Fernandes, J. (2020). Acordo de Paris 2015 - 2020. Agência Portuguesa Do Ambiente, 36.
Sturiale, L., & Scuderi, A. (2019). The role of green infrastructures in urban planning for climate change adaptation. Climate, 7(10). https://doi.org/10.3390/cli7100119
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A publicação do artigo está condicionada à cessão dos direitos autorais, sem ônus, a Guaju, que terá exclusividade de publicá-lo em primeira mão.
Os manuscrtitos serão publicados sob a licença Creative Commons By - Atribuição 4.0 Internacional. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam seu trabalho, mesmo comercialmente, contanto que eles atribuam o crédito pela criação original. Esta é a mais flexível das licenças oferecidas. Recomendado para máxima divulgação e uso de materiais licenciados.
Para a publicação dos manuscritos em outros meios de veiculação ou compartilhamento, solicita-se que seja mencionada a Guaju como sendo responsável pela primeira publicação do artigo.
As afirmações e os conceitos explicitados nos textos são de inteira responsabilidade dos autores, não recaindo sobre o Conselho Editorial da Guaju.