Open Journal Systems

Contribuições do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Paraná

Thais Paola Grandi, Isabel Jurema Grimm

Resumo


Em 2015, a constituição dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e as 169 metas a serem implementadas até 2030, instigaram organizações, governos e pessoas a buscarem meios de garantir a redução das desigualdades, o desenvolvimento sustentável e a conservação do meio ambiente. Tomando como referência este cenário, este artigo objetiva analisar a carteira de crédito do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e apresentar os impactos dos financiamentos desse banco sobre os ODS 8 no Paraná. Para isso, o método escolhido foi o estudo de caso, com coleta de dados em bases do BRDE, IBGE, Ipardes, Celepar e Ipea. Para verificar os impactos financeiros no alcance dos ODS, selecionaram-se os municípios paranaenses que recebem fomento do BRDE, agrupando-os de acordo com seu IFDM. Para avaliar o impacto do BRDE no ODS 8, meta 8.3 no Paraná, considerou-se a média dos empregos formais anuais. A quantidade de empregos criados no BRDE foi avaliada ano a ano, calculando-se o acumulado desde 2016, logo se identificou que o impacto no ODS 8, meta 8.3, foi de 9,50% no estado. O ano mais relevante foi 2018, com impacto de 3,15%. Aponta-se que, no ODS 8, o impacto do BRDE é de até 3% na meta anual, no estado do Paraná. Conclui-se que, apesar de o percentual ser pequeno, quando uma instituição consegue atingir 2 a 3% dos empregos formais no Estado considera-se uma atuação relevante, pois para o atingimento dos ODS é necessário o esforço integrado de diversas instituições.


Palavras-chave


indicadores de sustentabilidade; sustentabilidade; desenvolvimento regional; programas de crédito; ODS 8

Texto completo:

PDF

Referências


BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.

BELLEN, H. M. V. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de Janeiro: FGV, 2010.

BENKO, G. A ciência regional. Oeiras, Portugal: Celta, 1999.

BRANDÃO, C. A busca da utopia do planejamento regional. Revista Paranaense de Desenvolvimento, n. 120, p. 11-31, jan./jun. 2012.

BERNARDELLI, L. V.; SORGI, F. A. Desenvolvimento econômico regional: uma investigação sobre a microrregião de Cornélio Procópio, Paraná. Economia & Região, Londrina, v. 4, n. 1, p. 139-151, jan./jun. 2016.

BRANCHES, S. O Índice de desempenho ambiental. Coluna. Eco. Publicado em 2 de março de 2017. Disponível em: https://www.oeco.org.br/colunas/sergio-abranches/16557-oeco-21040/. Acesso em: 14 maio 2020.

BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL (BRDE). Relatório de Aderência BRDE. Normativo interno, 2016.

BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL (BRDE). Relatório de Sustentabilidade Ambiental de 2019a. Disponível em: https://www.brde.com.br/wp-content/uploads/2020/05/BRDE-Relatorio-2019-AF.pdf. Acesso em: 01 jul. 2020.

BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL (BRDE). Relatório de Administração e Socioambiental 2020. Disponível em: https://www.brde.com.br/wp-content/uploads/2021/03/BRDE-Relatorio2020-INTERATIVO-AF-v4.pdf. Acesso em: 31 abr. 2021.

BRBANK. BRDE, Programa de uso exclusivo da instituição. 2019b.

CAVALCANTI, C. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. 3. ed. São Paulo: Cortez; Recife: Fundação Nabuco, 2001.

COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD). Nosso Futuro Comum. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1991.

ETHOS INSTITUTO. O Instituto. Disponível em: https://www.ethos.org.br/conteudo/o-instituto/. Acesso em: 30 abr. 2020.

FURTADO, C. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1984.

GIOVANNI, B. J. et al. O índice DNA Brasil. Revista Ciência e Cultura, v. 58, n. 2, São Paulo, abr./jun. 2006.

GLOBO RURAL. As cooperativas mais ricas do Paraná. Notícias. Publicado em 5 de janeiro de 2020. Disponível em: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Agricultura/noticia/2020/01/cooperativas-mais-ricas-do-parana.html. Acesso em: 29 abr. 2020.

GRIMM, I. J. et al. Educação para o ecodesenvolvimento: monitoramento de indicadores socioambientais. In: PHILIPPI JR., Arlindo; PELICIONI, Maria Cecilia Focesi. (Orgs.). Educação Ambiental e Sustentabilidade. 2. ed. Barueri: Manole, 2014. v. 2. p. 671-702.

LIMA, J. F; RIPPEL, R.; STAMM, C. Notas sobre a formação industrial do Paraná - 1920 a 2000. Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, v. 15, n. 1, p. 53-61, jun. 2007.

LEFF, E. Saber ambiental - Sustentabilidade, racionalidade complexidade, poder. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

KOHLER, M. C. M.; PHILIPPI JR, A. Agenda 21 como instrumento para gestão ambiental. In: PHILIPPI JR, A.; PELICIONI, M. C. F. (Orgs.). Educação ambiental e sustentabilidade. 2. ed. Barueri: Manole, 2014. p. 817-840.

MADUREIRA, E. M. P. O ressurgimento do neoliberalismo. 74 f. Monografia (Graduação em Ciências Econômicas) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 1998.

MADUREIRA, E. M. P. Desenvolvimento regional: principais teorias. Revista Thêma et Scientia, v. 5, n. 2, jul./dez. 2015.

MAX-NEEF, M. A room the outside looking. New Jersey: Zed Books, 1982. Disponível em: http://www.daghammarskjold.se/wp-content/uploads/2014/08/From_the_outside_looking_in.pdf. Acesso em: 27 nov. 2019.

MEADOWS, Donella. Indicators and information systems for sustainable development: a report to the Balaton Group. The Sustainability Institute, 1998. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/106023/mod_resource/content/2/texto_6.pdf. Acesso em: 10 abr. 2020.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Objetivos do desenvolvimento sustentável. 2015. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Acesso em: 4 jun. 2021.

ROSEIRA. A. M. Foz do Iguaçu: cidade rede sul Americana. 170 f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo. 2016. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18062007-152226/publico/TESE_ANTONIO_MARCOS_ROSEIRA.pdf. Acesso em: 10 out. 2020.

SACHS, J. D. A era do desenvolvimento sustentável. Lisboa: Actual, 2017.

SACHS, J. D. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. 3. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

SEIFFERT, M. E. B. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

SIEDENBERG, D. R. Indicadores de desenvolvimento socioeconômico: uma síntese. Desenvolvimento em Questão, v. 1, n. 1, p. 45-71, 2003.

VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável. O desafio do século XX. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

VEIGA, J. E. Indicadores de sustentabilidade. Revista Estudos avançados, v. 24, n. 68, 2010.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/guaju.v7i2.81879

Apontamentos

  • Não há apontamentos.