Certificação e circuitos curtos, caminhos possíveis para a sustentabilidade da agricultura familiar? O caso dos produtores de orgânicos do Território Noroeste Paulista
DOI:
https://doi.org/10.5380/guaju.v6i1.72745Palavras-chave:
Alimentos orgânicos. Produção. Comercialização. Circuitos curtos. Agricultura familiarResumo
O Território Noroeste Paulista é caraterizado por pequenas propriedades, representadas pelo trabalho familiar e cultivo de frutas e hortaliças. A cidade de Jales, integrante do Território, nos últimos anos foi palco de grandes eventos voltados à agricultura orgânica, que estimularam a atuação conjunta dos produtores na busca de formação técnica e comercialização. Este trabalho objetivou investigar o perfil socioeconômico desses agricultores, caracterizar a produção e as formas de comercialização utilizadas. Foram aplicados 13 questionários aos agricultores que possuem propriedades certificadas ou que estão em transição para o sistema orgânico no referido Território. Constatou-se que 76,9% dos pesquisados são agricultores familiares que têm na produção orgânica sua principal fonte de renda agropecuária, embora haja grandes diferenças, em termos de renda monetária familiar, entre eles. Do total, mais de dois terços possuem certificação orgânica e 84,6% comercializam diretamente para o consumidor final por meio de um grupo informal, mas um percentual expressivo (38,5% do total) dos pesquisados depende também dos intermediários para vender parte da sua produção. A diversificação da inserção no mercado, via circuitos curtos, pode se constituir em uma alternativa importante para ampliar a renda das famílias.
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