Open Journal Systems

Aplicação da matriz FPSEEA de saúde ambiental para a macrometrópole paulista: subsídios para o planejamento e gestão socioambiental regional

Natasha Ceretti Maria, Anne Dorothée Slovic

Resumo


Ao planejamento da gestão urbana em escalas regionais faz-se necessário incorporar a dimensão ambiental para que as cidades possam enfrentar os desafios decorrentes da reestruturação do espaço pelas dinâmicas econômicas e a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Nesse contexto, a Macrometrópole Paulista (MMP) apresenta heterogênea divisão funcional socioambiental entre os seus municípios. Essas divisões corroboram com diferentes condições socioambientais nesse conjunto regional que podem ser expressas por indicadores estratégicos que qualifiquem as localidades municipais. Para tal, este trabalho tem como objetivo selecionar indicadores relevantes no contexto da saúde ambiental e da sustentabilidade para os municípios que compõem a Macrometrópole Paulista. Para a seleção dos indicadores foi considerada a matriz de indicadores para a Saúde Ambiental denominada de FPSEEA (Força Motriz-Pressão-Situação-Exposição-Efeito-Ações). Os resultados podem ser vistos como uma nova maneira inovadora de qualificar as condições socioeconômicas, ambientais e de saúde, destacando a importância da escala regional como uma nova unidade territorial a ser explorada na gestão urbana.


Palavras-chave


Macrometrópole. Saúde ambiental. Sustentabilidade. Indicadores. São Paulo

Texto completo:

PDF

Referências


ASQUINO, M. S. A importância da Macrometrópole Paulista como escala de planejamento de infraestruturas de circulação e de transporte. Estudos Urbanos e Regionais, v.12, n.1, p.83-98. 2010.

BELLEN, H. M. V. Indicadores de sustentabilidade – uma análise comparativa. Rio de Janeiro: FGV Editora; 2006.

CHAE, Y. Co-benefit analysis of an air quality management plan and greenhouse gas reduction strategies in the Seoul metropolitan area. Environmental Science & Police, 13, 3, 205-216.

CORVALÁN, C., BRIGGS D., ZIELHUIS, G. Decision – making in environmental health from evidence to action.Geneva: World Health Organization; 2000.

EMPLASA. Plano de ação da Macrometrópole. 2012. Disponível em: http://www.emplasa.sp.gov.br/newsletter/maio/interno/acao_publica.asp. Acesso em: mai. 2015.

FREITAS, C. M. Problemas ambientais, saúde coletiva e ciências sociais. Ciência Saúde Coletiva, v.8, n.1, p.137-150. 2003.

FREITAS, C. M., OLIVEIRA, S. G., SCHÜTZ, G. S., FREITAS, M. B., CAMPONOVO, M. P. Enfoques ecossistêmicos e saúde: vertentes e aplicações na América Latina. Cadernos de Saúde Pública, v.23, n.2. fev. 2007a. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n2/04.pdf. Acesso em: out. 2014.

FREITAS, C. M., SCHÜTZ, G. E., OLIVEIRA, S. G. Indicadores de sustentabilidade ambiental e de bem-estar em perspectiva ecossistêmica na Região do Médio Paraíba, Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v.23, suppl. 4, p. 513-528. 2007b Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v23s4/04.pdf. Acesso em: out. 2014.

FREITAS, C. M.; GIATTI, L. L. Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde na Amazônia Legal. Cadernos de Saúde Pública, v.25, n.6, p. 51-66. 2009. Disponível em: http//www.scielo.br/pdf/csp/v25n6/08.pdf. Acesso em: nov. 2012.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. 2017. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ids/tabelas.

INSTITUTO FLORESTAL. Inventário florestal da vegetação natural do Estado de São Paulo. 2005. Disponível em: http://iflorestal.sp.gov.br/2005/03/01/inventario-florestal-da-vegetacao-natural-do-estado-de-sao-paulo/

KICKBUSCH, I.; BUSS, P. M. Saúde na agenda pós-2015: perspectivas a meio do caminho. Cadernos de Saúde Pública, v.30, n.10, p.1-3. 2014.

JACOBI, P. Dilemas socioambientais na gestão metropolitana: do risco à busca da sustentabilidade urbana. Revista Política e Trabalho, n.25, p. 115-134. 2006a. Disponível em: http://www.biblionline.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/6742/4181. Acesso em: out. 2013.

MALHEIROS, T. F., PHLIPPI, A. J., COUTINHO, S. M. V. Agenda 21 nacional e indicadores de desenvolvimento sustentável: contexto brasileiro. Saúde e Sociedade, v.17, n.1, p.7-20, jan-mar. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v17n1/02.pdf. Acesso em: out. 2014.

MARIA, N. C. Uma tipologia em saúde ambiental para a Região Metropolitana de São Paulo: analisando dimensões de sustentabilidade. Dissertação de mestrado (Mestrado em Ciências) - Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT. Ecosystems and human being – synthesis. Washington DC: Island Press; 2005.

PAULISTA, G., VARVAKIS, G., MONTIBELLER-FILHO, G. Espaço emocional e indicadores de sustentabilidade. Ambiente & Sociedade, v.XI, n.1, p.185-200, jan-jun. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/asoc/v11n1/12.pdf. Acesso em: out. 2014.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO – PNUD. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em http://www.pnud.org.br/ODS.aspx. Acesso em 23/08/2015.

SICHE, R., AGOSTINHO, F., ORTEGA, E., ROMEIRO, A. Índices versus indicadores: precisões conceituais na discussão da sustentabilidade de países. Ambiente & Sociedade, v.x, n.2, p.137-148, jul-dez. 2007. http://www.scielo.br/pdf/asoc/v10n2/a09v10n2.pdf. Acesso em: out. 2014.

SILVA, C. L., SOUZA-LIMA, J. E. Políticas Públicas e indicadores para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Editora Saraiva. 2010.

SILVA, R. T.; NUCCI, N. L. R.; COSTA, J. J. Recursos hídricos, saneamento e gestão metropolitana: os novos desafios. Brasilengenharia, p.103-110. 2012.

SOBRAL, A., FREITAS, C. M. Modelo de Organização de Indicadores para Operacionalização dos Determinantes Socioambientais da Saúde. Saúde e Sociedade. v.19, n.1, p.35-37. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v19n1/04.pdf. Acesso em: out. 2014.

SOBRAL, A., FREITAS, C. M., BARCELLOS, C., GURGEL H. C., PEDROSO, M. M. Saúde Ambiental – guia básico para a construção de indicadores. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

SSRH/DAEE/Cobrape. Macrométropole- Sumário Executivo. São Paulo. 2013.

STEINER, F. Urban human ecology. Urban Ecosystems, v.7, p.179–197. 2004.

TALAMINI, G. C., GIATTI, L. L. Environmental healthindicators for the Metropolitan Regionof São Paulo, Brazil. Urban Environment, p.53-63. 2013.

VEIGA, J. E. Indicadores de sustentabilidade. Estudos Avançados, v. 24, n.68. p.39-52. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v24n68/en_06.pdf. Acesso em: out. 2014.

WU, J. Urban ecology and sustainability: The state-of-the-science and future directions. Landscape and Urban Planning,v.125, p.209-221. 2014.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/guaju.v4i1.58642

Apontamentos

  • Não há apontamentos.