Open Journal Systems

TEORIA E PRÁTICA ORGANIZACIONAIS COMO FACES DA MESMA MOEDA: NEM VAZIAS, NEM CEGAS

Amanda Maciel Carneiro, Fabiano Maury Raupp

Resumo


No campo dos estudos organizacionais e das ciências sociais aplicadas, de forma geral, o debate entre teoria e prática é sempre atual (CLEGG; HARDY, 2001). Dada essa problemática, esse ensaio busca explorar as relações entre teoria e prática, partindo da célebre afirmação de Kurt Lewin (1952) para levantar o seguinte questionamento: “se não há nada mais prático do que uma boa teoria, o que faz da teoria, prática?”. Assim, objetiva compreender elementos de teoria e prática, com uma rápida passagem pela evolução dos estudos teóricos, a associação ontologia-epistemologia-desenvolvimento teórico-prático e a identificação de elementos de teoria e prática a fim de dar luz à questão formulada e ampliar suas possibilidades de debate. A questão de pesquisa identifica a hipótese dos autores de que há estreita relação entre ambas; o título, por sua vez, antecipa as conclusões de mútuo impacto.


Texto completo:

PDF

Referências


ADORNO, T. W. Anotações sobre teoria e prática. In: RAMOS-DE-OLIVEIRA,N. Quatro textos clássicos. Tradução de Newton Ramos-de-Oliveira.São Carlos: UFSCar, 1992.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1985.

DORTIER, J. F. Le cercle de Vienne et le nouvel sprit scientifique. In: Sciences Humaines, hors-série, septembre, 2000.

CLEGG, S. R.; HARDY, C. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, v. 2, 2001.

GHERARDI, S. Conhecimento situado e ação situada: o que os estudos baseados em prática prometem? In: GHERARDI, S.; STRATI, A. (Orgs). Administração e aprendizagem na prática. Elsevier Brasil, 2014.

HATCH. M. J. Organization theory: Modern, symbolic, and postmodern perspectives. Oxford university press, 2013.

HUSSERL, E. A ideia da fenomenologia. Lisboa: Edições, 70, 2008.

KANT, I. 2015. Crítica da razão pura. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

KHUN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.

LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator rede. New York: Oxfort University Press, 2012.

LE MOIGNE, J. L. Le constructivisme: modeliser pour comprendre. Paris: L’Harmattan, 2003.

LEWIN, K. Field theory in social science: selected theoretical papers by Kurt Lewin. London: Tavistock, 1952.

MARSDEN, R.; TOWNLEY, B. Introdução: a coruja de Minerva: Reflexões sobre a teoria na prática. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, v. 2, p. 31-60, 2001.

MARX, K. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858; esboços da crítica da economia política. São Paulo: Boitempo Editorial, 2008.

MELO, L. 6 características nada tradicionais de empresas do século 21. In: REVISTA EXAME. Negócios. Out. 2015. Disponível em: < https://exame.com/negocios/6-caracteristicas-nada-tradicionais-de-empresas-do-seculo-21/>. Acesso em: 21 ago. 2020.

RAMOS, A. G. Modelos de homem e teoria administrativa. In: Revista de Administração Pública, v. 18, n. 2, p. 3-12, 1984.

RAMOS, A. G. A Nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1981.

SACCOL, A. Z. Um retorno ao básico: compreendendo os paradigmas de pesquisa e sua aplicação na pesquisa em administração. In: Revista de Administração da UFSM, Santa Maria, v. 2, n. 2, p. 250-269, maio/ago. 2008.

SILVA JUNIOR, A. B. da. Adm no século XXI. In: Revista Brasileira de Administração, ano 29, n. 129 mar./abr. 2019, p. 12-15.

SUTTON, R. I.; STAW, B. M. O que não é teoria. Revista de Administração de

Empresas, v. 43, n. 3, 2003.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/gestus.v5i0.86094

Apontamentos

  • Não há apontamentos.