Open Journal Systems

ANÁLISE DE DADOS DE DEFORMAÇÃO A PARTIR DE SENSORES DISTRIBUÍDOS DE FIBRA ÓPTICA INSTALADOS EM UMA ENCOSTA

Fabiana Martins da Silveira, Rodrigo Moraes da Silveira, Alessandra de Barros e Silva Bongiolo, Isabella Françoso Rebutini Figueira

Resumo


O presente trabalho expõe uma metodologia de análise de dados de monitoramento de deformações de uma encosta natural atravessada por um duto pertencente a PETROBRAS, a partir de sensores distribuídos de fibra óptica. A encosta em questão localiza-se na Serra do Mar, município de Morretes (PR), distante a 40 km da cidade de Curitiba (PR) sob as posições geográficas UTM (716.332E - 7.172.000N) e (720.000E - 7.173.000N). Devido a uma ruptura na encosta, o duto sofreu esforços de tração rompendo em fevereiro de 2001. Tal ocorrência resultou no vazamento de aproximadamente 145 m³ de óleo diesel no meio ambiente. Em agosto de 2014 os institutos Lactec procederam com a instalação de sensores distribuídos de fibra óptica na encosta para o monitoramento de movimentos de massa. Essas atividades foram desenvolvidas no contexto de um P&D em parceria com a PETROBRAS/CENPES. Os dados obtidos através dos sensores distribuídos de fibra óptica correspondem a dados de deformação e temperatura, os quais permitem verificar possíveis deslocamentos que podem resultar em movimentos de massa. Os dados foram coletados no período entre janeiro de 2015 a maio de 2016 com um interrogador DTSS e tratados pelos softwares MatLab, Excel e Surfer. Em janeiro de 2015 foram realizados ajustes nos sensores ópticos, a fim de melhorar a qualidade do sinal, resultando em uma campanha de leituras de referência para as análises posteriores, denominada 7ª campanha. Os dados coletados nas campanhas de monitoramento a partir da 7ª campanha até a 12ª campanha, realizada em maio de 2016, indicaram que a encosta apresentou deformações na ordem de 784 µɛ a -515 µɛ. Sendo que os valores de deformação registrados foram relativamente baixos e a metodologia de análise dos dados de deformação obtidos encontrava-se ainda em fase experimental, não foi possível afirmar que as deformações registradas correspondessem a possíveis deslocamentos na encosta. Portanto, na continuidade destes trabalhos, a metodologia aqui apresentada pode gerar mais informações ao longo do seu desenvolvimento, possibilitando uma correlação mais precisa entre deformação e deslocamento.


Palavras-chave


Sensores de fibra óptica. Instrumentação geotécnica. Instabilidade de encostas.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geo.v79i0.77900