Efeitos de diferentes substratos, cobertura e famílias na produção e no enraizamento de miniestacas de Pinus taeda L.
DOI:
https://doi.org/10.5380/rf.v55i1.91845Palavras-chave:
sistema de manejo, silvicultura clonal, percentual de enraizamento, propagação vegetativaResumo
Este estudo avaliou como as condições de manejo influenciam a produção e o enraizamento de miniestacas de três famílias selecionadas de Pinus taeda L. Os fatores testados incluíram a presença ou ausência de cobertura e três composições de substrato de minijardins. O objetivo foi identificar condições que aumentem a eficiência da propagação vegetativa. O experimento seguiu um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 × 3 × 3 (dois níveis de cobertura, três substratos, três famílias). Foram avaliadas a produtividade de brotações por minicepa, porcentagem de enraizamento, sobrevivência após saída da casa de sombra e altura e diâmetro das miniestacas. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey. Observou-se interação significativa entre cobertura e substrato. Minijardins sem cobertura, especialmente com uso exclusivo de areia grossa, apresentaram maior produtividade de brotações e melhor enraizamento. A ausência de cobertura aumentou a produtividade de miniestacas por minicepa em 76,22% e favoreceu a sobrevivência após a casa de sombra. Em contrapartida, a presença de cobertura reduziu ambos os parâmetros. As famílias F3 e F1 superaram a F2 quanto à produção de brotações, crescimento e enraizamento das miniestacas, indicando forte influência genética sobre o potencial de propagação. Os resultados ressaltam a importância de práticas de manejo específicas em minijardins clonais. O uso de areia grossa não é recomendado com cobertura, mas sem cobertura proporciona melhores resultados. Além disso, a seleção de materiais genéticos superiores, como as famílias F3 e F1, pode otimizar a propagação clonal em programas de melhoramento de P. taeda.
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