Ação do herbicida pré-emergente isoxaflutol no estabelecimento inicial de cinco espécies florestais
DOI:
https://doi.org/10.5380/rf.v55i1.89511Palavras-chave:
Recuperação de áreas degradadas, seletividade de herbicida, semeadura direta.Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância de espécies nativas do sul de Minas Gerais utilizadas em programas de restauração florestal por meio de semeadura direta ao herbicida pré-emergente isoxaflutol. As espécies utilizadas foram: Cássia grandis, Anadenanthera macrocarpa, Cedrela fissilis, Hymenaea courbaril e Sesbania virgata. Os tratamentos com o herbicida constituíram de uma dose de dosagens 0, 50, 100, 200, 300 gramas de ingrediente ativo por hectare (g.i.a.ha-1), do herbicida. Avaliaram-se os sintomas de fitotoxidade durante o processo germinativo das sementes e posterior crescimento em altura, diâmetro, massa seca aérea e massa seca radicular. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com oito repetições conduzidos em vaso e casa de vegetação, em que cada vaso foi considerado uma parcela experimental. As espécies C. grandis, A. macrocarpa, C. fissilis apresentaram elevada sensibilidade ao herbicida sendo a dose de 50 g.i.a.ha-1 provocou sintomas visíveis de fitotoxidade e reduziu os incrementos dos parâmetros avaliados quando comparadas com a dose de 0 g.a.i.ha-1, enquanto que a dose de 300 g.a.i.ha-1 provocou 100% de mortalidade. Já para as espécies H. courbaril e S. virgata a dose de 50 g.i.a.ha-1 favoreceu o incremento dos parâmetros avaliados quando comparada com a dose controle (0 g.i.a.ha-1). Já a dose de 300 g.i.a.ha-1, provocou sintomas visíveis de fitotoxidade às plantas. Contudo, não foi suficiente para promover mortalidade das mesmas, indicando tolerância de ambas as espécies ao herbicida nas doses testadas.
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