VARIAÇÃO INTRAESPECÍFICA NA ANATOMIA DO LENHO DE Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Mull. Arg. RELACIONADA À EXTRAÇÃO DE LÁTEX

Autores

  • Leticia Maria Alves Ramos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • João Vicente de Figueiredo Latorraca Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Helena Regina Pinto Lima Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Glaycianne Christine Vieira dos Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5380/rf.v48i2.55584

Palavras-chave:

Seringueira nativa, largura de raios, fibras gelatinosas

Resumo

Neste trabalho, foi estudada a influência da exploração do látex na anatomia do lenho de seringueiras nativas. Avaliou-se a hipótese de que as características anatômicas são afetadas pela atividade de extração do látex. Para isso, foram coletadas, de forma não-destrutiva, amostras em árvores nativas exploradas e não exploradas. As coletas foram feitas na Reserva Experimental de Catuaba, localizada em Senador Guiomard (AC). A estrutura anatômica do lenho foi analisada, sendo avaliados: o comprimento das fibras (não-gelatinosas e gelatinosas); diâmetro total e diâmetro do lume de fibras não-gelatinosas; diâmetro e frequência dos elementos de vaso; largura, altura e frequência de raios; e a proporção de tecidos. Árvores exploradas e não-exploradas diferiram na estrutura anatômica em relação às características quantitativas. Apenas as variáveis comprimento de fibra gelatinosa, diâmetro do lume das fibras, frequência de raios e proporção de elementos de vaso e raios não apresentaram diferenças significativas pelo teste de Mann-Whitney. Os resultados mais contundentes consistiram em aumento da largura e altura de raios nas árvores extraídas, bem como maiores proporções de fibras gelatinosas nas árvores não-extraídas. As diferenças observadas entre os grupos avaliados podem ser atribuídas à demanda de carboidratos que a regeneração do fluxo de látex ocasiona nesses indivíduos. Recomendam-se maiores estudos acerca do consumo de carboidratos não-estruturais, relacionados diretamente às mudanças na estrutura do xilema de seringueira.

Biografia do Autor

Leticia Maria Alves Ramos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Florestais (Doutorado), área de Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais.

João Vicente de Figueiredo Latorraca, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Instituto de Florestas, Departamento de Produtos Florestais, área de Anatomia e Qualidade da madeira, Secagem e Física da madeira, e Dencrocronologia.

Helena Regina Pinto Lima, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Instituto de Biologia, Departamento de Botânica, área de Anatomia Vegetal, Quimiotaxionomia e Botânica Aplicada.

Glaycianne Christine Vieira dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Florestais (Mestrado), área de Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais.

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Publicado

17-04-2018

Como Citar

Ramos, L. M. A., Latorraca, J. V. de F., Lima, H. R. P., & dos Santos, G. C. V. (2018). VARIAÇÃO INTRAESPECÍFICA NA ANATOMIA DO LENHO DE Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Mull. Arg. RELACIONADA À EXTRAÇÃO DE LÁTEX. Floresta, 48(2), 255–264. https://doi.org/10.5380/rf.v48i2.55584

Edição

Seção

Artigos