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DEPOSIÇÃO DE SERAPILHEIRA E NUTRIENTES EM ÁREAS DE MINERAÇÃO SUBMETIDAS A MÉTODOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL EM PARAGOMINAS, PARÁ

Walmer Bruno Rocha Martins, Gracialda Costa Ferreira, Fernanda Pantoja souza, Luiz fernandes Silva Dionisio, Francisco de Assis Oliveira

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a deposição de serapilheira e nutrientes sob diferentes métodos de restauração florestal em áreas degradadas pela mineração de bauxita no município de Paragominas, Pará. Os métodos utilizados para restauração florestal foram: plantio de mudas arbóreas (PM) e indução da regeneração natural (RN), além disso, avaliou-se um fragmento florestal (FF) como referência. Foram instalados 30 coletores de serapilheira de 0,25 m² de abertura em cada ambiente. A serapilheira foi coletada, seca em estufa e quantificada mensalmente de agosto de 2014 a setembro de 2015. Posteriormente, todo material foi analisado quimicamente para obtenção das concentrações dos elementos N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, Mn, Cu e Zn. Por meio dos valores das concentrações, foram obtidos os valores dos conteúdos. A deposição de serapilheira foi de 6,61±0,53, 10,75±0,86 e 11,83±1,00 Mg ha-1 ano-1 no PM, FF e RN respectivamente, diferindo estatisticamente entre si (p=0,0025). As concentrações de N, P, K, Mg e Ca foram superiores na área de PM na maioria dos meses de avaliação devido às adubações de pré-plantio. O S foi o elemento que mais variou entre as áreas de estudo. Com relação aos micronutrientes, o Cu, Fe, Zn e Mn tiveram as menores concentrações no FF e o Mn as maiores concentrações no ecossistema RN. Os conteúdos de N e K da serapilheira foram superiores nos ecossistemas RN, não diferindo do FF. A RN foi o método mais eficiente de restauração. A serapilheira é um bom indicador de restauração de áreas degradadas.


Palavras-chave


Indução da regeneração, ciclagem de nutrientes, monitoramento florestal.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rf.v48i1.49288