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INCREMENTO DIAMÉTRICO E EM ÁREA BASAL NO PERÍODO 1979-2000 DE ESPÉCIES ARBÓREAS DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA LOCALIZADA NO SUL DO PARANÁ

Luciano Budant Schaaf, Afonso Figueiredo Filho, Carlos Roberto Sanquetta, Franklin Galvão

Resumo


Com o objetivo de estudar o incremento das espécies que ocorrem em uma Floresta Ombrófila Mista, localizada na Estação Experimental da UFPR (São João do Triunfo/PR), nove parcelas, totalizando nove hectares, avaliados inicialmente em 1979, foram recuperadas e medidas em 2000. Em 1979, todos os indivíduos arbóreos com DAP igual ou superior a 20 cm foram identificados, numerados e tiveram seus diâmetros medidos. Em 2000, usando os mesmos critérios de inclusão, os indivíduos que não haviam sido computados em 1979 foram considerados como ingressos e os não encontrados como mortos. Em 1979, nos nove hectares estudados, foram encontrados 2133 indivíduos e 51 espécies; em 2000, 2202 indivíduos e 55 espécies. A distribuição dos incrementos diamétricos da floresta é bimodal e em área basal individual é unimodal, entretanto, ambos apresentaram assimetria à direita (positiva). Os indivíduos arbóreos cresceram em 21 anos, em termos de mediana, 5,30 cm (0,25 cm/ano) em diâmetro e 0,0288 m2 (0,0014 m2/ano) em área transversal. Nectandra megapotamica foi a espécie que apresentou os maiores incrementos, seguida de Cedrela fissilis. Por outro lado, Eugenia sp. e Allophylus edulis foram as espécies com os menores incrementos. Os incrementos variaram em função das classes de diâmetro, da vitalidade, posição sociológica e qualidade do fuste, sendo maiores para as classes de diâmetro intermediárias (40 a 80 cm), classe de melhor vitalidade, estrato superior e classe de melhor qualidade de fuste. A floresta amadureceu no período estudado, pois teve um crescimento líquido em área basal de 45,3055 m2 (5,0339 m2/ha ou 0,2397 m2/ha/ano), mostrando que a floresta não estava completamente estocada em 1979.

Palavras-chave


Floresta com araucária; crescimento diamétrico; crescimento em área basal; distribuição dos incrementos; Araucaria forest; diameter growth; basal area growth; increment distribution

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rf.v35i2.4615