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BIOSSÓLIDO COMO COMPONENTE DE SUBSTRATO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS FLORESTAIS

Gerhard Valkinir Cabreira, Paulo Sérgio dos Santos Leles, Jorge Makhlouta Alonso, Alan Henrique Marques de Abreu, Nayara Franzini Lopes, Gabriel Rocha dos Santos

Resumo


Considerado nas cidades como resíduo sólido altamente problemático, o biossólido proveniente do lodo de esgoto é rico em matéria orgânica e nutrientes, e no Brasil sua destinação comum é o descarte em aterros sanitários. O objetivo desse trabalho foi avaliar diferentes proporções de biossólido como componente de substratos para a produção de mudas de três espécies da Floresta Atlântica, avaliando além de parâmetros morfológicos, o peso e facilidade de transporte das mudas, bem como seu crescimento em campo. O experimento foi composto por quatro tratamentos, tendo como testemunha substrato formado por esterco bovino, solo argiloso e areia, na proporção volumétrica de 40-50-10%. Os demais tratamentos foram compostos por biossólido, solo argiloso e areia nas proporções de 20-70-10%, 40-50-10% e 80-10-10% respectivamente. Avaliou-se o crescimento das mudas em viveiro e sua sobrevivência e o crescimento em campo cinco meses após plantio. O biossólido tem potencial como componente de substrato para a produção de mudas florestais, consistindo em melhor destino final a este resíduo em comparação com a disposição em aterros sanitários. O uso do biossólido pode promover maior crescimento maior das mudas em viveiro, bem como diminuir o peso final das mesmas, facilitando a logística de expedição para o campo. É indicada a aplicação entre 40 a 80% de biossólido na composição do substrato. O plantio em campo demonstrou boa sobrevivência e crescimento das mudas, indicando que todos os substratos foram capazes de produzir mudas adequadas ao plantio.


Palavras-chave


Lodo de esgoto; restauração florestal; adubação orgânica; resíduos sólidos.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rf.v47i2.44291