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MERCADO DE MEL NATURAL: COMPETITIVIDADE NOS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO

Maristela Franchetti de Paula, Humberto Angelo, Alexandre Nascimento de Almeida, Anadalvo Juazeiro do Santos, João Carlos Garzel Leodoro da Silva

Resumo


O Brasil, pelo seu clima tropical e ampla área territorial, possui grande potencial para ampliar a sua participação no mercado de mel. A produção de mel, tal como de outros produtos não madeireiros, apresentam vantagens sociais e ambientais, pois proporciona a geração de renda em pequenas propriedades rurais sem a necessidade do desmatamento da floresta. Porém, o mercado internacional de mel ainda é pouco explorado pelo Brasil e o seu desenvolvimento ainda carece de informações. Este artigo analisa a competitividade das exportações brasileiras do mel natural por meio do conhecimento das elasticidades de substituição. As relações Brasil–Argentina e Brasil–China, maiores exportadores de mel natural, apontaram diferenciação por produto, pois apresentaram elasticidades substituição inelástica, indicando que os países importadores de mel natural compram tal produto associando-o ao país de origem. Nas relações entre Brasil-Alemanha, Brasil–México e Brasil-Hungria a magnitude dos coeficientes da elasticidade de substituição aponta para a existência de competitividade entre o Brasil e os citados países via preço do mel, e não há diferenciação do produto por país de origem. Por outro lado, as relações Brasil-Canadá e Brasil-Espanha apresentam coeficientes de elasticidade de substituição não significativos estatisticamente, o que indica ausência ou baixa competição do mel natural brasileiro com o produto Canadense e o Espanhol. Neste caso, conclui-se que, com relação a Argentina, China, Canadá e Espanha a expansão na participação de mercado via redução de preço mostra-se ineficaz. 


Palavras-chave


Produtos não madeireiros; mercado internacional; fatia de mercado.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rf.v46i3.41009