Teologia e ceticismo na primeira modernidade: Montaigne, Descartes, Bayle
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v22i1.98126Resumen
Em três cartas escritas entre abril e maio de 1630, Descartes apresenta a Mersenne a sua teoria da “criação das verdades eternas”, ou seja, a sua teoria de que Deus é o criador tanto da essência como da existência das suas criaturas. Em 2004, Vincent Carraud recordou esta teoria cartesiana e assumiu-a como uma chave de interpretação da Apologia de Raimond Sebond, de Montaigne. Para Carraud, Descartes tinha compreendido e confirmado metafisicamente a chave da Apologia, a saber, o carácter incompreensível da omnipotência divina e, consequentemente, a impossibilidade de compreender Deus a partir da racionalidade que rege o nosso mundo, ou daquilo a que Montaigne chamou as “leis municipais” da verdade. Seguindo as pegadas de Carraud (pegadas que já tinham sido apontadas, entre outros, por Jean-Luc Marion), o nosso objetivo neste artigo é refletir sobre a relação Descartes-Montaigne e incorporar um outro autor que também consideramos decisivo neste percurso: Pierre Bayle.
PALAVRAS-CHAVE: Super-Pirronismo, Deus, verdade, evidência, racionalidade, sobredeterminação.
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