A intolerância à melancolia em David Hume

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v22i1.97547

Resumen

No contexto de revogação do Édito de Nantes e do acirramento da hostilidade contra os huguenotes, no séc. XVII, Pierre Bayle utiliza as noções de tolerância e intolerância para explicar a diferença entre os efeitos da interpretação literal das escrituras e os do esforço de compreender. Para explicar a história política de Hume, valho-me do conceito de melancolia para dimensionar o desafio de escapar da indolência e do desespero sem ceder à imposição sectária da ideia e da atividade como recursos para não sentir os impasses coletivos. A história sofreria a tensão reversa entre tolerar a melancolia, para elaborar suas razões, e a intolerância à melancolia, movendo-se à antecipação dos efeitos políticos.

Biografía del autor/a

Cesar Kiraly, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Professor de Teoria Política no Departamento de Ciência Política da UFF. Professor-Investigador visitante no Instituto de Filosofia da Linguagem da Universidade Nova de Lisboa (2009-2014). Coordenador, desde 2005, do Laboratório de Estudos Hum(e)anos. Fundador, em 2010, e Editor, da Revista Estudos Políticos. Fundador, em 2010, e Editor, da Revista Estudos Hum(e)anos. Fundador, em 2011, hoje em sua nona edição, do Encontro Hume. Fundador e organizador, desde 2012, do Colóquio sobre Ceticismo. Curador da Galeria IBEU (2015-2023). Curador, desde 2023, do espaço de artes visuais e poesia A Mesa. Coordenador, desde 2024, do GT Hume da ANPOF. Autor, dentre outros, do livro Alma e Frio: ensaios sobre a crueldade, publicado pela Moinhos em 2025.

Publicado

2025-09-24

Cómo citar

Kiraly, C. (2025). A intolerância à melancolia em David Hume. DoisPontos, 22(1). https://doi.org/10.5380/dp.v22i1.97547