Senhores, servos e nós, filósofos: Entre leituras agonísticas e reconciliatórias da luta por reconhecimento na Fenomenologia do espírito
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.96216Keywords:
Beauvoir, dialética do senhor e do escravo, Fanon, Hegel, Kojève, luta por reconhecimentoAbstract
A notória seção da Fenomenologia do espírito sobre a figura do senhor e do servo tem inspirado diversas tradições da filosofia social e política desde Hegel. Este artigo explora duas variantes interpretativas centrais dessa seção: a agonística, popularizada por Alexandre Kojève, enfatizando a luta de vida ou morte, e a reconciliatória, focada no reconhecimento recíproco. Como as duas leituras, embora opostas, encontram respaldo no texto hegeliano, propomos a hipótese de que isso se deve ao modo de apresentação da Fenomenologia, que alterna entre as perspectivas da consciência natural e filosófica. Defendemos, então, que estas devem ser consideradas em sua interdependência a fim de evitar interpretações unilaterais. As apropriações críticas da “dialética do senhor e do escravo” feitas por Simone de Beauvoir e Frantz Fanon são mobilizadas, finalmente, para iluminar a ideia de que apreender a história como ela é experienciada é tão vital quanto descrevê-la como ela aparece “para nós”, filósofos.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Mariana Teixeira

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright for articles published in this journal belongs to the author, with first publication rights for the journal. Because of appearing in this public access journal, the articles are free to use, with terms of reference, in educational and non-commercial applications.
