O abismo da identidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.94197

Palavras-chave:

patriarcado, racismo, nacionalismo, políticas de identidade, identitarismo, universalismo

Resumo

Nas últimas décadas, as políticas de identidade adquiriram forte expressão em distintos quadrantes do espectro político, e têm sido amplamente debatidas no âmbito acadêmico. Em consonância com essa tendência, neste artigo procura-se analisar o tema a partir da crítica marxiana da economia política, buscando opor as políticas de identidade em chave emancipadora ao identitarismo do capital. Para tanto, na primeira sessão busca-se discutir as formas especificamente capitalistas do patriarcado, do racismo e do nacionalismo. Posteriormente, a atenção se volta para o risco de reversão das políticas de identidade em identitarismo: na terceira sessão, a partir dos casos da Universal Negro Improvement Association (UNIA), do sionismo e do jihadismo árabe, reflete-se sobre o processo por meio do qual a violência supremacista estimula respostas alicerçadas em parâmetros similares, que acabam por reproduzi-la. A sessão seguinte trata da relação entre o identitarismo e a ressurgência contemporânea do neofascismo, sobretudo a partir de alguns fenômenos políticos europeus. Por fim, busca-se considerar a articulação entre identidade e emancipação a partir de uma perspectiva universalista, sobretudo baseada em proposições de Franz Fanon.

Biografia do Autor

Gustavo Moura de Cavalcanti Mello, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Graduado em Economia, Mestre e Doutor em Sociologia e Pós-Doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e Pós-Doutor em Sociologia pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Atualmente é Professor do Departamento de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e Pesquisador do CNPq.

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Publicado

31-01-2025 — Atualizado em 21-02-2025

Versões

Como Citar

Moura de Cavalcanti Mello, G. (2025). O abismo da identidade. DoisPontos, 21(3). https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.94197 (Original work published 31º de janeiro de 2025)

Edição

Seção

Hegel e Marx e a Contemporaneidade