L’avenir du transcendantal: la surprise. Pour une phénoménologie empirique
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v20i1.89009Palavras-chave:
surprise, phénoménologie, transcendantal, empirique, nature, Kant, Husserl, Heidegger,Resumo
La surprise est une épreuve pour la philosophie. Pour le régime transcendantal de la pensée, ce que certaines, certains considèrent comme la pointe du philosophique. En effet, la surprise emblématise l’empirique, ce qui résiste, ce qui se dissocie du philosophique. Elle pose un problème à la philosophie. Ou alors elle requiert une autre philosophie que celle du sens ou de la raison pure. Une philosophie qui puisse peut-être réengager, au delà de la dissociation, au delà de la résistance, une alliance d’un nouveau type entre transcendantal et empirique.
Dans cette contribution, je voudrais montrer comment le phénomène de la surprise permet d’instaurer une autre relation au transcendantal : ni de disjonction, ni de conjonction. Quitte à le faire radicalement muter. Et comment la surprise peut alors recevoir une investiture philosophique d’un nouveau genre. Elle sera la pierre d’angle d’une phénoménologie elle-même d’un nouveau genre : une phénoménologie empirique.
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