Simondon e os sentidos da individuação biológica

Autores

  • Dina Czeresnia

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v16i2.70250

Resumo

Este texto destaca a importância do trabalho de Gilbert Simondon para se repensar a individualidade biológica em uma nova base filosófica. Na constituição das ciências da vida, o caráter relacional dos processos biológicos foi obscurecido por um deslocamento de sentidos, que ocorreu como um aspecto da construção mais ampla da individualidade moderna no século XIX. Biólogos teóricos recuperam a importância da noção de relação, reivindicando uma nova concepção de interação biológica, assim como dos conceitos de organismo, adaptação, informação, evolução. O pensamento de Simondon vai ao encontro dessa perspectiva, propondo uma epistemologia que afirma o caráter primordial da relação nos processos de individuação. Sua ontologia tem surpreendente afinidade com a elaboração dessa vertente contemporânea da biologia teórica, sustentada por evidências empíricas da biologia molecular. No entanto, elementos centrais da ontologia de Simondon, mesmo buscando dialogar com a ciência, situam-se em uma metafísica, abordando questões de fronteira nas ciências da vida e na relação entre ciência e filosofia.

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Publicado

2019-11-19

Como Citar

Czeresnia, D. (2019). Simondon e os sentidos da individuação biológica. DoisPontos, 16(2). https://doi.org/10.5380/dp.v16i2.70250

Edição

Seção

Gilbert Simondon