Da necessidade das coisas e das ações: Hobbes crítico da indeterminação dos futuros contingentes

Autores

  • Luc Foisneau Centre National de Recherche Scientifique

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v16i3.67371

Palavras-chave:

princípio de razão, causalidade, necessidade

Resumo

A versão maximalista do princípio de razão de Hobbes implica uma redução deste princípio ao princípio de causalidade. Essa redução se expressa por meio de duas teses essenciais: em primeiro lugar, a prova da necessidade é uma prova pelas causas – o que implica uma reformulação das provas clássicas da necessidade nos termos de um necessitarismo da causa – e, em segundo lugar, a lógica da ação é inteiramente submetida à lógica causal. Mostraremos, pois, num primeiro momento, que o necessitarismo de Hobbes se funda sobre um princípio de causalidade suficiente, que tem por corolário uma crítica sistemática da tese aristotélica da indeterminação dos futuros contingentes. Procuraremos em seguida compreender por que essa crítica da indeterminação dos contingentes toma a forma de uma redução da contingência à ignorância da necessidade. Enfim, examinaremos o significado da identificação do princípio de razão e do princípio de causalidade necessária para a ação humana.

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Publicado

06-08-2024

Como Citar

Foisneau, L. (2024). Da necessidade das coisas e das ações: Hobbes crítico da indeterminação dos futuros contingentes. DoisPontos, 16(3). https://doi.org/10.5380/dp.v16i3.67371