O não realismo cético de David Hume
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v16i3.65375Palavras-chave:
Hume, realismo cético, justificação de crenças, causalidade, epistemologia, filosofia modernaResumo
Os proponentes do realismo cético como interpretação da teoria causal de Hume sugerem que o filósofo mantinha uma crença na existência da causalidade como propriedade intrínseca aos objetos de conhecimento e, ao mesmo tempo, a impossibilidade de obter tal conhecimento. Porém, existem escassos argumentos a favor da justificação daquela crença. No presente artigo, a minha intenção é i) introduzir brevemente a interpretação do realismo cético, para explicar a pertinência da questão discutida; ii) descrever um destes argumentos – apresentado por J. Wright e aparentemente seguido por J. Broughton; iii) com base num problema que apontarei ao mesmo, defender que a crença na existência da causalidade como propriedade intrínseca aos objetos de conhecimento é anterior ao plano da justificação de crenças acerca de relações causais concretas e independente do mesmo. A partir disto, concluo que Hume o filósofo não pode ser encarado como defensor do realismo causal.
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