O não realismo cético de David Hume

Autores

  • Carlota Salgadinho Ferreira Pontifícia Universidade Católica do rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v16i3.65375

Palavras-chave:

Hume, realismo cético, justificação de crenças, causalidade, epistemologia, filosofia moderna

Resumo

Os proponentes do realismo cético como interpretação da teoria causal de Hume sugerem que o filósofo mantinha uma crença na existência da causalidade como propriedade intrínseca aos objetos de conhecimento e, ao mesmo tempo, a impossibilidade de obter tal conhecimento. Porém, existem escassos argumentos a favor da justificação daquela crença. No presente artigo, a minha intenção é i) introduzir brevemente a interpretação do realismo cético, para explicar a pertinência da questão discutida; ii) descrever um destes argumentos – apresentado por J. Wright e aparentemente seguido por J. Broughton; iii) com base num problema que apontarei ao mesmo, defender que a crença na existência da causalidade como propriedade intrínseca aos objetos de conhecimento é anterior ao plano da justificação de crenças acerca de relações causais concretas e independente do mesmo. A partir disto, concluo que Hume o filósofo não pode ser encarado como defensor do realismo causal.

Biografia do Autor

Carlota Salgadinho Ferreira, Pontifícia Universidade Católica do rio de Janeiro

Mestre em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP); Doutoranda em Filosofia pela PUC-Rio

Publicado

06-08-2024

Como Citar

Ferreira, C. S. (2024). O não realismo cético de David Hume. DoisPontos, 16(3). https://doi.org/10.5380/dp.v16i3.65375