Sartre e a Crise do Fundamento
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v3i2.6513Palavras-chave:
Bornheim, Sartre, ontologia, fundamento, metafísica, phenomenological ontology, metaphysics, groundingResumo
Após uma sucinta rememoração da trajetória pessoal e intelectual de Gerd A. Bornheim (I), ressalta-se a originalidade da sua leitura da ontologia fenomenológica de Sartre, focada no tema da crise do fundamento, pensado na clave heideggeriana da crise da metafísica enquanto história do esquecimento do ser (II). A radicalização ontológica da intencionalidade, empreendida por Sartre mediante os conceitos de nada e nadificação, é analisada por Bornheim no horizonte da metafísica da participação, como um caso limite desta, que suprime a estrutura a sua estrutura relacional e a reduz ao próprio ato participante, absolutizado negativamente (III). A impossibilidade da dicção ontológica do em-si, enquanto figura empobrecida do fundamento e da derradeira entificação do ser, e a fantasma gorização do projeto humano e da sua temporalidade pelo ideal impossível do em-si- para-si, como miragem ontológica do si-mesmo, desembocam na tese onto-teo-lógica ao avessso, do homem enquanto paixão inútil (IV).
Sartre and the Crisis of the Foundation
After a brief remembrance of Gerd A. Bornheim's personal and intellectual trajectory (i), the originality of his reading of Sartre's phenomenological ontology, focused on the theme of the crisis of the foundation, thought of the heideggerian key of the crisis of metaphysics as a history of forgetfulness of being is highlighted (ii). The ontological radicalization of intentionality, undertaken for Sartre through the concepts of nothingness and nadification, is analyzed by Bornheim at the horizon of the metaphysics of participation, as a borderline case of it, which suppresses the structure of its relational structure and reduces it to the participating act itself, negatively absolutized (III). The impossibility of the ontological diction of the itself, as the impoverished figure of the foundation and the ultimate entification of being, and the ilusionism of the human project and its temporality by the impossible ideal of the being in (and for) itself, as an ontological mirage of the self, lead to the onto-theo-logical thesis on in reverse of men as a useless passion (IV).
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