O desafio da igualdade de género à luz da herança e das contradições de Rousseau

Autores

  • Marta Nunes da Costa UFMS

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v16i1.58842

Palavras-chave:

Rousseau, (des)igualdade, liberdade, feminismo, democracia.

Resumo

Rousseau é reconhecido como um dos grandes filósofos da nossa tradição ocidental, sobretudo pelo impacto que os seus ideais tiveram na definição da ideologia moderna de viés republicano e até mesmo liberal. Porém, apesar da defesa incansável daqueles que viriam a ser os ideais revolucionários franceses, Rousseau insiste em manter uma prática de desigualdade naturalizada, considerando as mulheres como inferiores e eternas desiguais dos homens. Mary Wollstonecraft foi a primeira a fazer a denúncia da contradição do pensamento de Rousseau, na obra que viria a ser o marco de uma literatura feminista: A Vindication for the Rights of Women. Porém, até mesmo esta denúncia está circunscrita àquele horizonte que Rousseau contribuira para desenhar: o horizonte da universalidade dos direitos, das liberdades e da igualdade. Neste artigo queremos caracterizar esta contradição levando em conta contribuições recentes de críticas feministas e apontando sua relação com o projeto democrático mais vasto.

Biografia do Autor

Marta Nunes da Costa, UFMS

Doutorada em Filosofia e Ciência Política pela New School for Social Research. Professora Adjunta no curso de Filosofia da UFMS; Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Unioeste.

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Publicado

24-08-2019

Como Citar

Nunes da Costa, M. (2019). O desafio da igualdade de género à luz da herança e das contradições de Rousseau. DoisPontos, 16(1). https://doi.org/10.5380/dp.v16i1.58842

Edição

Seção

Rousseau