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A estátua, o autômato e o cadáver: a neutralização do corpo no pensamento de Jacques Lacan

Richard Theisen Simanke

Resumo


A questão da corporeidade é recorrente no pensamento lacaniano e é também constantemente retomada por sua escola. No entanto, pode-se argumentar que a forma como essa questão é abordada nos diversos momentos do pensamento de Lacan acaba por neutralizar a efetividade da referência ao corpo na sua teoria psicanalítica e, presumivelmente, na clínica que essa teoria fundamenta.  Este artigo se propõe a identificar as evidências dessa atitude ao longo da obra de Lacan e discutir suas implicações teóricas. Apesar das várias mudanças conceituais que caracterizam essa obra, essa mesma atitude parece prevalecer ao longo de toda a sua evolução, mesmo que em diferentes contextos e com relação a diferentes dispositivos teóricos. 

Palavras-chave


teoria psicanalítica; Lacan; corporeidade; neutralização; imaginário; simbólico

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dp.v13i3.46838