A estátua, o autômato e o cadáver: a neutralização do corpo no pensamento de Jacques Lacan
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v13i3.46838Palavras-chave:
teoria psicanalítica, Lacan, corporeidade, neutralização, imaginário, simbólicoResumo
A questão da corporeidade é recorrente no pensamento lacaniano e é também constantemente retomada por sua escola. No entanto, pode-se argumentar que a forma como essa questão é abordada nos diversos momentos do pensamento de Lacan acaba por neutralizar a efetividade da referência ao corpo na sua teoria psicanalítica e, presumivelmente, na clínica que essa teoria fundamenta. Este artigo se propõe a identificar as evidências dessa atitude ao longo da obra de Lacan e discutir suas implicações teóricas. Apesar das várias mudanças conceituais que caracterizam essa obra, essa mesma atitude parece prevalecer ao longo de toda a sua evolução, mesmo que em diferentes contextos e com relação a diferentes dispositivos teóricos.
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