Tempo e intencionalidade temporal no Wittgenstein do período intermediário

Autores

  • Denis Perrin Université de Grenoble II

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v6i1.16673

Palavras-chave:

tempo, Wittgenstein, memória, fenomenologia, relação interna, intencionalidade, memory, phenomenology, internal relation, intentionality

Resumo

Este artigo enfoca a questão da temporalidade no período intermediário de
Wittgenstein. Primeiro, ele estabelece a evolução do tratamento que o filósofo dispensa à
idéia “fenomenológica”, de origem empirista, de um presente da consciência incessantemente
fluente: de início simplesmente adotada (em 1929) como uma descrição da experiência
imediata, essa idéia é, em seguida, criticada em 1930-32 como a expressão de uma
das tentações mais características do espírito filosófico. Depois, o artigo examina, num
caso particular (o da lembrança), o modo pelo qual Wittgenstein lida com os efeitos desse
mito na reflexão filosófica. Endereçada sobretudo à concepção russelliana de 1921 da
intencionalidade mnemônica, a crítica wittgensteiniana consiste em trazer à luz as
confusões que levam a crer que a lembrança só pode manter uma relação externa com seu
objeto. Ao restabelecer assim o papel das relações internas, Wittgenstein pretende romper
o feitiço do mito do presente sobre a filosofia da memória.

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Publicado

02-11-2012

Como Citar

Perrin, D. (2012). Tempo e intencionalidade temporal no Wittgenstein do período intermediário. DoisPontos, 6(1). https://doi.org/10.5380/dp.v6i1.16673

Edição

Seção

Wittgenstein Intermediário