A metáfora do cálculo no período intermediário de Wittgenstein

Autores

  • Rafael Lopes Azize UFPI

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v6i1.12916

Palavras-chave:

regras, cálculo, análise, uso, Wittgenstein, pragmática, rules, calculus, analysis, use, pragmactics

Resumo

Este artigo investiga alguns usos da metáfora da linguagem como cálculo em
Wittgenstein. A metáfora do cálculo emerge, nos anos 30, numa interlocução com o referencialista,
e é ali instrumental na recondução do olhar filosófico para os usos efetivos do
simbolismo linguístico. Contudo, foi levada longe demais, ao sugerir uma imagem da
linguagem composta apenas de inferências à maneira dos sistemas de regras fechados. Isto
embargaria certa expansão pragmática do contexto criterial da análise conceitual. Mas a
aplicabilidade do símile do cálculo não é invalidada. A metáfora será reativada em manuscritos
posteriores, sempre e quando puder servir aos mesmos propósitos do período intermediário,
à medida que o ambiente dialógico convoque novas vozes dogmaticamente referencialistas.
Ainda assim, é nos manuscritos intermediários que melhor se esclarece o seu
funcionamento. Tal movimento exemplifica, por fim, um método filosófico que não procede
por meio da superação de problemas à maneira científica.

Biografia do Autor

Rafael Lopes Azize, UFPI

Doutor em Filosofia da Linguagem - Unicamp (2008). Membro do GT Wittgenstein (Anpof), do Grupo de Pesquisa do CNPq "Filosofia da Linguagem e do Conhecimento" e do Núcleo de Tradução (NUT-UFPR), como tradutor especializado em textos filosóficos.

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Como Citar

Azize, R. L. (2009). A metáfora do cálculo no período intermediário de Wittgenstein. DoisPontos, 6(1). https://doi.org/10.5380/dp.v6i1.12916

Edição

Seção

Wittgenstein Intermediário