A Disputa dos Pneus no MERCOSUL e na OMC: Reabilitando a Competição Regulatória na Regulamentação do Comércio Internacional e Meio Ambiente
DOI:
https://doi.org/10.5380/rbdi.v7i7.16218Palavras-chave:
pneus remoldados, comércio internacional e meio ambiente, teoria da competição regulatória, MERCOSUL, e OMCResumo
O Brasil está atualmente inserido no projeto de construção de um novo mercado comum, conhecido como MERCOSUL, com seus vizinhos Argentina, Uruguai e Paraguai. Tem-se assumido que este projeto produzirá crescimento econômico e, consequentemente, será vantajoso ao meio ambiente. Entretanto, esta presunção recentemente veio a ser questionada, em conseqüência aos esforços brasileiros e argentinos de regulamentar os riscos ao meio ambiente e à saúde associados à importação de pneus remoldados. Apesar do protesto de ambientalistas, os tribunais arbitrais do MERCOSUL e da Organização Mundial do Comércio (OMC) emitiram várias decisões concluindo que estas regulamentações violam as regras de comércio internacional. Esta tese examina se estas recomendações do MERCOSUL e da OMC foram corretamente decididas à luz da literatura sobre a relação entre comércio internacional e meio ambiente, e sobre a teoria da competição regulatória. Eu argumento que o teste aplicado pelos tribunais da OMC e MERCOSUL em disputas entre comércio e meio ambiente dá pouca importância às lições tiradas dessa literatura, e que futuros tribunais devem adotar uma nova abordagem que expressamente aplique essas lições. Eu finalmente aplico estas lições à disputa dos pneus, baseado na minha própria avaliação dos dados econômicos e científicos relevantes, e em entrevistas individuais que eu conduzi com representantes do governo brasileiro, da indústria brasileira de pneus, e do MERCOSUL
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
