FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO PÓS GESTAÇÃO: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores

  • Rodrigo Anderson ESPÍRITO SANTO UERJ
  • Luiz Felipe Gomes SANTOS UERJ
  • Joanna Gomes CONCEIÇÃO UERJ
  • Maria Eliza Barbosa RAMOS UERJ
  • Mônica Simões ISRAEL UERJ

DOI:

https://doi.org/10.5380/rd.v15i2.9350

Palavras-chave:

fibroma, gengiva e neoplasias gengivais

Resumo

O fibroma ossificante periférico é um crescimento gengival benigno relativamente comum de natureza reacional, correspondendo à evolução do granuloma piogênico. É uma das lesões não-neoplásicas mais freqüentes na gengiva, representando cerca de 9,6% dos exames submetidos à análise anátomo-patológica. Origina–se da membrana periostal/periodontal e a proliferação excessiva de tecido maduro representa uma resposta à irritação gengival causada por biofilme, cálculo subgengival, corpos estranhos no sulco gengival e restaurações mal adaptadas. Esta irritação crônica da membrana periostal/periodontal causaria metaplasia do tecido conjuntivo, resultando na calcificação distrófica com formação óssea. Acredita-se ainda que a maioria das lesões inicia-se como um granuloma piogênico, sofrendo maturação fibrosa e calcificação. O granuloma piogênico resulta de uma inflamação crônica desencadeada a partir de fatores locais, tais como placa ou cálculo dentais, e na mulher grávida, também é decorrente das alterações hormonais inerentes à gravidez. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de evolução de um granuloma piogênico para um fibroma ossificante periférico. A lesão, de aspecto irregular, de base pediculada, com consistência elástica e superfície exibindo impressões da mordida e coloração parcialmente avermelhada, foi diagnosticada nove meses após o parto, presente entre os elementos dentários 11 e 12, em paciente melanoderma de 25 anos de idade, com queixa estética e de crescimento e sangramento gengivais desde o sétimo mês da gestação, quando foi orientada por um cirurgião-dentista que a lesão regrediria espontaneamente após o término da gravidez. O protocolo adotado remete a um diagnóstico inicial de granuloma piogênico, contudo a lesão não regrediu. Realizou–se terapia periodontal básica e excisão cirúrgica subperiosteal da lesão sob anestesia local e a peça foi submetida ao exame anátomo–patológico, que permitiu o diagnóstico conclusivo de fibroma ossificante periférico. A paciente foi submetida ao tratamento protocolado e após dois anos de acompanhamento não se observou sinal de recidiva da lesão.

Biografia do Autor

Rodrigo Anderson ESPÍRITO SANTO, UERJ

Graduando em Odontologia pela UERJ

Luiz Felipe Gomes SANTOS, UERJ

Graduando em Odontologia pela UERJ

Joanna Gomes CONCEIÇÃO, UERJ

Graduanda em Odontologia pela UERJ

Maria Eliza Barbosa RAMOS, UERJ

Doutora em Odontopediatria pela UFRJ, Professora Adjunta de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da UERJ

Mônica Simões ISRAEL, UERJ

Mestre e Doutoranda em Patologia Bucodental pela UFF , Chefe do Serviço de Estomatologia da Odontoclínica Militar Grey Caetano Coimbra do Hospital Central Aristarcho Pessoa (CBMERJ) e Professora Substituta de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da UERJ

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Como Citar

ESPÍRITO SANTO, R. A., SANTOS, L. F. G., CONCEIÇÃO, J. G., RAMOS, M. E. B., & ISRAEL, M. S. (2007). FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO PÓS GESTAÇÃO: RELATO DE CASO CLÍNICO. DENS, 15(2). https://doi.org/10.5380/rd.v15i2.9350

Edição

Seção

SAOJEM - Graduação - Painel - Relato de Caso