O DOCENTE UNIVERSITÁRIO EM ENFERMAGEM E A SÍNDROME DE BURNOUT: QUESTÃO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

Autores

  • Sabrina Corral-Mulato EERP-USP
  • Sonia Maria Villela Bueno EERP-USP

DOI:

https://doi.org/10.5380/ce.v16i4.18200

Palavras-chave:

Esgotamento profissional, Educação superior, Promoção da saúde.

Resumo

Este estudo teve por objetivos levantar com docentes de Enfermagem o significado que atribuem à sua profissão; os momentos de satisfação e insatisfação profissional; as atividades ocupacionais, de lazer e promoção de saúde e averiguar o conhecimento sobre a Síndrome de Burnout, seus sinais e sintomas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, mediada pela pesquisa-ação, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o Protocolo n. 0834/2007, utilizando um questionário que foi entregue aos docentes junto com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Posteriormente, foi disponibilizado um texto informativo sobre a Síndrome de Burnout aos participantes. Foram pesquisados 13 docentes, a maioria mulher, casada e católica, com mais de 40 anos e com filhos, com formações variadas, e que atuam na educação para a saúde. Elas referem que a profissão significa amorosidade, troca e diálogo, com papel mediador, humanizador e transformador, e a percebem como importante, porém exigente, desgastante e estressora. O trabalho proporciona satisfação como honrarias, ascensão profissional, orientação de alunos, mas também insatisfação com o excesso de reuniões, responsabilidades e estresse. As docentes desenvolvem atividades ocupacionais de ensino, como aulas na graduação e pós-graduação; na pesquisa; na extensão, com a realização de palestras, cursos e estágios; na gestão, por meio de comissões e conselhos; e nas atividades de lazer, ainda que incipientes, realizando leituras, viagens, filmes, e alguns passeios. Como promoção de saúde, as docentes utilizam o lazer, apoio social, organização do tempo, terapias convencionais e alternativas, atividade física e alimentação equilibrada. As docentes conhecem a Síndrome de Burnout, mas não reconhecem parte dos sinais e sintomas que ela apresenta, entretanto, salientam a importância de ações educativas para sua prevenção. É essencialmente importante atentar à saúde destes profissionais que estão na base da formação dos futuros enfermeiros, objetivando manter profissionais mais humanizados, conscientes e transformadores.

Biografia do Autor

Sabrina Corral-Mulato, EERP-USP

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Psiquiátrica do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Sonia Maria Villela Bueno, EERP-USP

Profa. Dra. Livre-doente/Associada do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

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Publicado

22-12-2011

Como Citar

Corral-Mulato, S., & Bueno, S. M. V. (2011). O DOCENTE UNIVERSITÁRIO EM ENFERMAGEM E A SÍNDROME DE BURNOUT: QUESTÃO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE. Cogitare Enfermagem, 16(4). https://doi.org/10.5380/ce.v16i4.18200

Edição

Seção

Nota Prévia