Análises da Iconografia de Direita nas redes sociais: o uso de charges para a disseminação do anticomunismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/clio.v14i2.96268

Palavras-chave:

Anticomunismo, Extrema direita, Iconografia, Redes sociais.

Resumo

Este artigo tem como cerne, analisar a página "Sociedade Ilustrada" da rede social Instagram, queataca movimentos de minorias e possui um discurso anticomunista, com um viés ideológico conservador e de direita. As charges, assinadas por "Sr. Macaco", ataca feministas, grupos LGBTQIA+ e instituições públicas. A página sugere leituras de Olavo de Carvalho e Ana Caroline Campagnolo, reforçando ideologias anticomunistas e antifeministas. A representação visual das charges enfatiza a submissão e desqualifica grupos minoritários. Dessa forma, iremos utilizar as charges compartilhadas pelo perfil como fontes a serem analisadas, apoiando a investigação em obras bibliográficas de autores que dialogam com a temática em questão. A iconografia e a crítica às universidades públicas, o anticomunismo e o viés de extrema direita refletem um discurso alinhado ao bolsonarismo, que desqualifica e estigmatiza instituições de ensino e humanidades.

Biografia do Autor

Gabriel Lopes Silva, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)

Graduado em História pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), atualmente é Professor da Rede Pública de Ensino Básico do estado de Minas Gerais. Está se especializando em História e Cultura no Brasil Contemporâneo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Atua no campo da História Política, bem como abordagens que dialogam com a "Nova História" (representações, iconografia, cultura política e anticomunismo). Possui interesse na área de História Contemporânea e História do Tempo Presente, atuando principalmente nas seguintes temáticas: Extremismos de direita, Fascismos, Neofascismos e Direitas Radicais.

Referências

BARROS, A. T. DE .; BUSANELLO, E.. Machismo discursivo: modos de interdição da voz das mulheres no parlamento brasileiro. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 2, p. e53771, 2019.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo sexo, v.I, II. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

BORREGO, Arelys Esquenazi; FERRAZ, Ana Targina Rodrigues. Direito ao aborto no Brasil: acirramento das disputas entre o movimento conservador e o feminismo anticapitalista. Germinal: marxismo e educação em debate, Salvador, v.15, n.3, p. 177-194, dez. 2023.

BURKE, Peter. Testemunha ocular: o uso de imagens como evidência histórica. São Paulo: Editora Unesp, 2017.

CHAGAS, Viktor; MODESTO, Michelle; MAGALHÃES, Dandara. O Brasil vai virar Venezuela: medo, memes e enquadramentos emocionais no WhatsApp Pró-Bolsonaro. Esferas, n. 14, p. 1-17, 13 ago. 2019.

FERREIRA, Rafael de Farias; HERMIDA, Jorge Fernando. Da autonomia ao aprisionamento: A faceta conservadora e os ataques ao patrono da educação brasileira. Revista Teias v. 22, n. 67, out./dez. 2021.

GOMES, José Vitor; FILHO, Jairo Barduni. Comportamento político e questão de gênero na eleição presidencial de 2018. Revista de Discentes de Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos Volume 7, Número 2, São Carlos, 2019.

JUNIOR, Marcelo Alves dos Santos. As Flutuações de Longo Prazo da Polarização no Brasil – Análise do Compartilhamento de Informações Políticas Entre 2011 e 2019. Dados. Rio de Janeiro, vol.66 (2): e20200076, 2023.

LEHER, Roberto. Autoritarismo contra a universidade: O desafio de popularizar a defesa da educação pública. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2019.

MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o "perigo vermelho": o anticomunismo no Brasil (1917-1964). 2000. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. . Acesso em: 11 abr. 2024.

PANOFSKY, Erwin. Arquitetura Gótica e Escolástica. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

PEREIRA, Valcelene; CUNHA, Tânia. A roupa não define caráter: uma leitura midiática sobre o vestir feminino. Anais do XX Encontro Internacional da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre Mulher e Relações de Gênero (REDOR) e 19º Simpósio Baiano de Pesquisadoras(es) sobre Mulher e Relações de Gênero, 2018. Disponível em: file:///C:/Users/gabri/Downloads/AS%20ROUPAS%20N%C3%83O%20DEFINEM%20CAR%C3%81TER%20%20-%20uma%20leitura%20midi%C3%A1tica%20sobre%20o%20vestir%20feminino.pdf

SILVA, Gabriel Lopes. O carisma de Jair Bolsonaro: análise de um fragmento do bolsonarismo. REH. Ano X, vol. 10, n. 19, jul./dez. 2023.

SOARES, Mônica Catarina. Feminismo à deriva? Sobre disputas reacionárias coetâneas do ideário feminista. Revista Espaço Acadêmico - Edição especial - junho/2021. ISSN 1519.6186.

STANLEY, Jason. Como funciona o fascismo: a política de nós e deles. Nova Iorque: Random House, 2018.

Downloads

Publicado

17-07-2025

Como Citar

Silva, G. L. (2025). Análises da Iconografia de Direita nas redes sociais: o uso de charges para a disseminação do anticomunismo. Revista Cadernos De Clio, 14(2). https://doi.org/10.5380/clio.v14i2.96268

Edição

v. 14 n. 2 (2023)

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2025 Gabriel Lopes Silva

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).