Um feminismo afro-latino-americano na Argentina? Antirracismo e abolicionismo penal nas mobilizações feministas (1980-2022)

Resumo

Este texto apresenta os resultados de pesquisa realizada no AfroCuritiba, projeto de extensão que tensiona a invisibilização das presenças negras locais. Desenvolvida em concomitância com iniciações científicas nos Estudos de Gênero, a investigação foi motivada por um interesse em cartografar quais ativismos foram desenvolvidos em resposta ao racismo da sociedade argentina, interpelando especialmente as reações feministas, em suas limitações e mudanças históricas. Dialogo com referenciais dos feminismos negro e anti-colonial, mobilizando-os para a análise de práticas feministas articuladas de 1980 ao momento. Utilizo como arquivos artigos publicados por ativistas argentinas, como Josefina Fernández, Patricia Gómez e Sandra Hoyos, e brasileiras, com Lélia González. Desse modo, indico uma postura feminista de silenciamento racial nos anos 1980, que acompanha a narrativa normativa de uma Argentina branca, a qual, mediante disputas dos feminismos negros a nível regional, tem se comprometido com lutas transversais pela abolição dos aparatos subjetivos e institucionais de violência racial.

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Resumen: Este texto presenta los resultados de una investigación realizada en AfroCuritiba, un proyecto de extensión que enfatiza la invisibilización de las presencias negras locales. Desarrollada concomitantemente con iniciaciones científicas en Estudios de Género, la investigación fue motivada por el interés en mapear qué activismos se han desarrollado en respuesta al racismo en la sociedad argentina, cuestionando especialmente las reacciones feministas, en sus limitaciones y cambios históricos. Para ello, dialogo con referentes de los feminismos negro y anticolonial, movilizándolos para analizar las prácticas feministas articuladas desde 1980 hasta la actualidad. Utilizo como archivos artículos publicados por activistas argentinas como Josefina Fernández, Patricia Gómez y Sandra Hoyos, y brasileñas como Lélia González. De este modo, señalo una postura feminista de silenciamiento racial en la década de 1980, que acompaña la narrativa normativa de una Argentina blanca la cual, a través de disputas entre feminismos negros a nivel regional, se ha comprometido con luchas transversales por la abolición de los aparatos subjetivos e institucionales de violencia racial.