AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE BASE CARTOGRÁFICA POR MEIO DE INDICADORES E SISTEMA DE INFERÊNCIA FUZZY

Autores

  • Deise Regina Lazzarotto

DOI:

https://doi.org/10.5380/bcg.v11i2.4405

Resumo

A ausência de metodologias para avaliação da qualidade de bases cartográficas tem impulsionado parte considerável da comunidade científica cartográfica à novas linhas de investigação. Atualmente, no Brasil, se tem como recurso de avaliação dos produtos cartográfico apenas o Padrão de Exatidão Cartográfico PEC que foi elaborado exclusivamente para documentos em meio analógico. Além das limitações do PEC para os dados em meio digital, este analisa exclusivamente o aspecto da acuracidade posicional dos dados espaciais, o quê o torna insuficiente para uma avaliação abrangente da qualidade dos documentos cartográficos. A questão relativa à qualidade de produtos ou serviços é complexa, principalmente pelo seu caráter voltado à eficiência de sua utilização. Assim, quanto maior a diversidade de uso tanto mais complexa é a sua definição. Para o caso da avaliação da qualidade da base cartográfica, considerou-se nesta metodologia, a flexibilidade segundo a finalidade de uso. Estabeleceu uma definição de qualidade de mapeamento pela identificação dos parâmetros relevantes na composição do seu conceito de qualidade, que são: Atualização, Generalização, Acuracidade, Precisão e Legibilidade, dos quais, a Atualização e a Generalização é que foram desenvolvidos no presente trabalho. Estes parâmetros foram compostos na estrutura de Indicadores quantitativos, que submetidos ao Sistema de Inferência Fuzzy, possibilitou-se sua quantificação. Os Indicadores principais: Atualidade Cartográfica (AC) e a Generalização Cartográfica (GC), foram criados a partir da combinação de variáveis, tais como, a desatualização absoluta (DA), a disponibilidade dos dados em meio digital (DD), a compatibilidade das coordenadas com os referenciais geodésicos atuais (CS e CGG), crescimento populacional e sua projeção (CP e PCP), consumo de energia elétrica (CEE) da região mapeada, generalização planimétrica e altimétrica (GC-P e GC-A), e ainda, do parâmetro escala (ES). A partir destes dados de entrada foram produzidos os Indicadores Intermediários de Idade Tecnológica (IT), Velocidade de Desatualização (VD), e dos Fatores que Modificam o Meio (FMM). Finalmente destes, produziu-se o Indicador final, o de Qualidade de Mapeamento (QM). Desta forma, segundo a finalidade de uso, é possível se obter uma avaliação quantitativa da qualidade da Base Cartográfica relativamente aos aspectos de atualização e generalização. No entanto a avaliação final pode ser definida pela combinação de um ou mais dos Indicadores precedentes, dependendo exclusivamente das necessidades do usuário, o que torna conveniente reportar-se a este conceito de qualidade como sendo a qualidade contextual do mapeamento.

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Como Citar

Lazzarotto, D. R. (2005). AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE BASE CARTOGRÁFICA POR MEIO DE INDICADORES E SISTEMA DE INFERÊNCIA FUZZY. Boletim De Ciências Geodésicas, 11(2). https://doi.org/10.5380/bcg.v11i2.4405

Edição

Seção

Resumos de Dissertações