Startup e inovação: uma análise do cenário das startups de saúde e bem-estar no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/atoz.v13i0.90500Palavras-chave:
Ecossistemas de inovação, HealthTech, Saúde, Bem-estar, StartupsResumo
Introdução: No setor de healthtechs, milhões de dólares foram movimentados por diversas startups, com o Brasil ocupando o sétimo lugar entre os maiores mercados da área. O estudo busca apresentar o perfil das startups brasileiras no ecossistema de inovação digital em saúde e bem-estar cadastradas na Abstartups em 2022, a partir de uma abordagem quali-quantitativa sobre as variáveis levantadas. Método: Para a análise estatística dos dados, aplicou-se o teste qui-quadrado (p < 0,05) e o software RStudio foi utilizado para a elaboração de tabelas, gráficos e modelos. Resultados: Os dados demonstraram um maior número de startups brasileiras nas regiões Sudeste (60,24%) e Sul (20,18%), detentoras de 75% do PIB nacional. Devido aos investimentos de grandes empresas de tecnologia, em 2014 o número de fundações de startups em saúde e bem-estar aumentou consideravelmente, atingindo maior número no triênio 2015-2017. A maioria das startups possui entre 6 e 10 colaboradores (48,67%), enquanto 40,15% envolve entre 1 e 5 colaboradores. Quanto ao seu público-alvo, predominaram públicos B2B2C (36,84%) e B2B (35,46%), seguidos pelo B2C (24,10%). Na região Sudeste, São Paulo apresentou o maior número de aceleradoras com startups (38,03%), concentrando 43,1% de todas as startups da saúde. Conclusão: Quanto às fases em que se encontram as startups na área da saúde, ainda não existem estudos específicos, indicando a necessidade de pesquisas que observem a atuação dos principias atores dos ecossistemas de inovação e empreendedorismo, com o intuito de beneficiar cada vez mais a saúde dos seus usuários.
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